28 setembro 2025

Batemos no fundo!, qual fundo?

Já nem fundo temos para bater. Caímos de tal forma a pique, que por esta altura a pergunta que nos enche o pensamento é: mas, será que nós ainda temos fundo?...

Para se ter fundo, é preciso ter alguma noção sobre a altura a que o nosso intelecto se encontra. Se temos alguma cultura e dela fazemos alarde, então o que nos separa do fundo, do chão térreo, da base onde colocamos os nossos pés, para neles nos sustermos e com eles avançarmos pelos caminhos da vida, é uma enormidade. Claro que à cultura devemos adicionar valores, como sejam, o respeito, a  consideração, a empatia, o reconhecermos o direito à diferença, quer seja ideológica, quer seja postural e social, a bondade, a humildade e a compaixão. Tudo isto, se presente num de nós, torna-nos alguém que merece a reciprocidade de todos os outros.

Se, infelizmente, estamos a anos-luz de todos os conceitos mencionados acima, então tornamo-nos seres abjectos, indignos, preconceituosos e não merecedores de qualquer pinga de respeito alheio. Este tipo de gente que rasteja na vida, qual lagarta indolente que deixa a sua baba pelo trilho que pisa, conspurcando tudo e todos à sua volta, tornaram-se na nova moda dos tempos actuais em que vivemos

Um homem - o nome não interessa, é um miserável! - sentado no mais alto patamar da nossa Assembleia da República, ao lado do Presidente em exercício, fez gestos caricaturais, teve trejeitos faciais duma tal pequenez, enquanto a Deputada Isabel Moreira, do PS, falava no uso do tempo que lhe foi concedido, que são uma verdadeira afronta, não só à Senhora em questão, mas, também, a todos nós Portugueses que pagamos do nosso bolso a remuneração de um tal pacóvio. Como seria bom que se discutisse na Assembleia da República, regras e comportamentos a ter pelos Deputados presentes, e possíveis actos de pura expulsão daquelas funções, se tais indignidades voltarem a acontecer.