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21 novembro 2025

Greve Geral, ei-la!

Vem aí uma greve geral. CGTP e  UGT, as duas maiores Centrais Sindicais vão unir esforços e aderir à greve geral no próximo dia 11 de Dezembro.

Em causa, está a vontade governamental de alterar - profundamente! - o Código da Lei do Trabalho. Há um chorrilho de medidas que fazem parte desse novo pacote laboral, que visam, no essencial, tornar o trabalho bem mais precário e reforçar o poder patronal, concedendo-lhe poderes que aniquilam o binómio trabalhador/patrão, passando-o para uma relação de sentido único em que o patrão pode quase tudo em relação ao seu trabalhador.

Não interessa escalpelizar o todo das cerca de 100 medidas que constam do documento da Ministra do Trabalho, por demais fastidioso e por ser matéria dos respectivos Sindicatos. Basta uma só medida, só uma, para se perceber da enormidade do Governo de Luís Montenegro: DESPEDIMENTO COM JUSTA CAUSA!!! Isto é, duma ignomínia sem precedentes!

Desta forma, o patrão fica com poder absoluto sobre o que entender quanto ao futuro imediato, amanhã já, no que concerne a qualquer um dos seus trabalhadores. Sem qualquer justificação, sem qualquer compensação, só porque gosta mais, ou menos, ou até porque antipatiza, chega dizer: "Você está despedido. Amanhã já não tem lugar nestas instalações!" Assim, sem mais nem menos!

Jamais achei que a greve, como último recurso que é, fosse a melhor das medidas a tomar. Sempre acreditei que o diálogo, a negociação, o "cedo eu e abrandas tu" seriam sempre melhores por comparação com o extremar de posições. Pela primeira vez na minha vida e, perante a questão em maiúsculas no texto acima, venha daí a greve uma vez que, ao que parece, não existem interlocutores à altura para ouvir o grito dos trabalhadores.

06 junho 2023

Escola - dia marcante

6A   6M   23D

Visto assim, desta forma desnuda e insensorial, não parece nada de especial, não parece conter em si mesma alguma mensagem que valha a pena descodificar...

Mas, e há sempre um mas, se virmos aquele conjunto de letras e números como dias, meses e anos, se virmos aquilo como o somatório de muitos quilómetros, de muita ausência, de muita lonjura da Família, de muita emoção, de um mar de sensações em que se choraram lágrimas de sofrimento, em que se verteram rosto abaixo lágrimas de saudade, em que se trabalhou árduamente, lá longe, sem um mínimo de condições no que concerne à estabilidade emocional, sem ajudas de custo por centenas de quilómetros feitos, pelo aluguer de quartos e o insuportável de ter que dividir o espaço em que se vive com alguém que desconhecemos... Sabe lá o sr. Ministro da Educação João Costa o que é a penosidade que carrega nas costas cada Professor? Pois assim mesmo, este homem teimoso, obstinado e muito cioso da "sua verdade", não acha mais que justo que os tais anos, meses e dias, sejam repostos, sejam contabilizados na carreira dos Professores. Não, ele acha que não!

Assim sendo, não passa de um muro intransponível, não é mais do que o avolumar de um problema que não tem solução à vista. Ou, sai João Costa e, com isso, talvez com um outro interlocutor, regresse a paz à nossa Escola Pública e haja possibilidade de negociar com esse novo "alguém", ou então, vamos continuar a padecer deste mal sem fim anunciado e a "penar as passas do Algarve". Até quando?