21 novembro 2025

Greve Geral, ei-la!

Vem aí uma greve geral. CGTP e  UGT, as duas maiores Centrais Sindicais vão unir esforços e aderir à greve geral no próximo dia 11 de Dezembro.

Em causa, está a vontade governamental de alterar - profundamente! - o Código da Lei do Trabalho. Há um chorrilho de medidas que fazem parte desse novo pacote laboral, que visam, no essencial, tornar o trabalho bem mais precário e reforçar o poder patronal, concedendo-lhe poderes que aniquilam o binómio trabalhador/patrão, passando-o para uma relação de sentido único em que o patrão pode quase tudo em relação ao seu trabalhador.

Não interessa escalpelizar o todo das cerca de 100 medidas que constam do documento da Ministra do Trabalho, por demais fastidioso e por ser matéria dos respectivos Sindicatos. Basta uma só medida, só uma, para se perceber da enormidade do Governo de Luís Montenegro: DESPEDIMENTO COM JUSTA CAUSA!!! Isto é, duma ignomínia sem precedentes!

Desta forma, o patrão fica com poder absoluto sobre o que entender quanto ao futuro imediato, amanhã já, no que concerne a qualquer um dos seus trabalhadores. Sem qualquer justificação, sem qualquer compensação, só porque gosta mais, ou menos, ou até porque antipatiza, chega dizer: "Você está despedido. Amanhã já não tem lugar nestas instalações!" Assim, sem mais nem menos!

Jamais achei que a greve, como último recurso que é, fosse a melhor das medidas a tomar. Sempre acreditei que o diálogo, a negociação, o "cedo eu e abrandas tu" seriam sempre melhores por comparação com o extremar de posições. Pela primeira vez na minha vida e, perante a questão em maiúsculas no texto acima, venha daí a greve uma vez que, ao que parece, não existem interlocutores à altura para ouvir o grito dos trabalhadores.

CR7 - tempo de parar

No mundo dos futebóis, há alguns dias atrás, a nossa Seleção Nacional brindou com um pesado 9-1 a sua congénere da Arménia. Golos e mais golos de todos os feitios e para todos os gostos, que nos puseram, em definitivo, na fase final do próximo campeonato do mundo da modalidade.

A grande lufada de ar fresco na nossa Seleção ficou a dever-se à não inclusão de Cristiano Ronaldo, motivada pela sua expulsão no jogo anterior com a Irlanda. E o que vimos, leva-nos a concluir que está mais que na hora de Cristiano Ronaldo começar a preparar-se mentalmente de que o "seu tempo", como o tempo de todos e qualquer um de nós se esgota e, como tal, vamos perdendo qualidades a todos os níveis; não é a mesma coisa, correr e saltar nos limites aos 20 anos anos, ou, a caminho dos 41 que é o caso dele.

Não se questiona, nem um bocadinho que seja, que o seu nome estará sempre inscrito a letras douradas na história do futebol mundial, de que ele foi nos últimos 20 anos expoente máximo, tendo conquistado todos os títulos, todos os máximos que a nível individual, ele tem no seu invejável palmarés. Não, não é nada disso que está em questão! O que se defende é que há um tempo para tudo: para aparecer, para crescer, para subir, para amadurecer, para tudo conquistar e para sair. Saber sair no tempo certo e fazê-lo com classe, é uma demonstração da mais pura inteligência. Até por que há que dar lugar a outros grandes valores que estão à espreita, prontos a conquistar o seu espaço, o seu naco de fama. A renovação é salutar e há que lhe dar lugar