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05 setembro 2025

Estamos mal, mesmo mal!

Hoje, andei na rua como em tantos outros dias das nossas vidas. E, cada vez gosto menos daquilo com que tenho de deparar.

Há gente que se move de um lado para o outro num frenesim inusitado; há gente que sobe e desce, calcorreando ruas e avenidas puxando malas de viagem com rodinhas plásticas, em busca do "alojamento local" que reservaram, sabe-se lá donde, neste planeta que todos habitamos; há gente sorridente e palradora para com aqueles que fazem parte do seu grupo; pelo contrário, outros há macambúzios, ensimesmados, fechados em si próprios e com cara de poucos amigos, que não olham ninguém nos olhos; há, ainda, aqueles que nos olham como se estivessem zangados com o mundo...

Hoje, houve tiros algures na grande Lisboa. Hoje, um homem recém internado numa Casa de Saúde, no Porto, matou a tiro a sua mulher. Hoje, acabo de ver na televisão, há gente baleada no Largo de S. Domingos, em Lisboa. Estamos num País seguro! Será que Estamos?

29 dezembro 2020

Vacina, sê bem-vinda!

Anteontem, 27 deste mês da graça de Deus, chegaram e começaram, de imediato, a ser inoculadas as tão ansiadas vacinas contra a Covid-19. Espera-se, reza-se para que este seja o princípio do fim desta tão horripilante fase da vida colectiva desta planeta.

A vacinação não erradicará definitivamente o vírus das nossas vidas. Não! O que se anseia é que possa parar a disseminação, o contágio permanente e desenfreado desta maldita pandemia.

Que todos e cada um de nós, tenhamos o juízo, o equilíbrio necessário para não embandeirarmos em arco, para que se não julgue que após a  toma da vacina, já tudo se pode, já tudo ficou para trás, acabaram-se as preocupações e, eis-nos de volta ao passado recente, em que viviamos aos beijos e aos abraços uns aos outros, sem temores, sem quaisquer receios...

Vamos, por isso, ter calma. Vamos dar tempo ao tempo e vamos dar à vacina a margem de tempo necessária de modo a que estejamos mais precavidos, mais protegidos, para paulatinamente, podermos reconquistar o tempo perdido, que não as vidas que já se foram e todas aquelas que ainda se irão, antes que seja atingida uma qualquer meta que nos estabilize a vida num qualquer patamar próximo... Tenhamos calma e não baizemos a guarda!

22 junho 2014

País de "faz de conta"

Estamos um país de gente violenta. Violenta e feia, mal ajambrada, mal educada, mal criada desde a nascença. Mata-se actualmente por razões das mais díspares, desde a violência doméstica, até ao assalto à mão armada, em que ao mínimo desvio do planeado, se dispara à queima roupa, se abate, se esfaqueia até à morte... Estamos a viver tempos de miséria, de fome, de desgraça, mas a verdade é que a mesma sempre existiu, ora mais encapuzada, ora mais às escancaras, como é o caso agora. E, mesmo no passado não muito longínquo em que a fome campeava por aí, havia um outro respeito, uma outra noção do "certo e do errado", que não permitia acontecimentos tão brutais como aqueles que agora presenciamos.

Não educamos as nossas crianças, os nossos filhos, como deveríamos. Não lhes ensinamos o significado do NÂO e eles vão crescendo julgando que tudo lhes é permitido, que podem tudo, até ao dia em que deixam de ser crianças. Verdade seja dita, que esta paranóia do legislador que acha que Crianças são todos os meninos e meninas até aos dezoito anos, é uma estupidez chapada. Aos dezoito anos, os jovens de hoje são homens e mulheres, pelo menos fisicamente, no apogeu da força física e capazes de uma grande atrocidade num momento de descompensação. Chamar crianças e "cobri-los" com a força da Lei, a rapazes/homens capazes de assassinar os pais ou a namorada num ápice, por não terem sofrido uns correctivos quando deles precisavam, é de uma insanidade parental e social a toda a prova.

Depois julgamos em Tribunal (com as Leis do tal legislador deslocado da realidade) um polícia que, após chamada para acorrer a um assalto, manda parar a viatura que o assaltante conduz a toda a velocidade. Este assaltante (coitadinho!...) tenta atropelar o polícia e põe-se em fuga. Após perseguição e na tentativa de imobilizar a viatura que circula na via pública a velocidade criminosa e capaz de matar alguém que nada fez para morrer, o polícia dispara para os pneus. Acerta num mas, nos vários disparos que faz, acerta também no filho do assaltante de 12-13 anos, que o pai com ele levara, provávelmente, para dar ao filho uma aula prática de como fazer um assalto e atropelar um polícia.

Pois o polícia foi julgado pela Lei do "tal legislador fora da realidade" e o Juiz condenou-o em prisão efectiva e ao pagamento de indemnizações aos paizinhos que deveriam levar o filho à Escola, e nunca para cenários de crime. Tenho pena de viver num País que protege e premeia criminosos e condena aqueles que trabalham todos os dias para nos defender, correndo sérios riscos de vida. Que País de merda, este em que vivo!