Este País está uma loucura, tal é a confusão instalada devido aos vários actos eleitorais que se encontram no horizonte próximo.
As mais chegadas são já as Autárquicas no próximo mês de Outubro, onde se perfilam uma miríade de candidaturas, das mais excêntricas às mais conservadoras, que nos conduzirão sem dúvida, a algumas surpresas que não estavam, há pouco tempo atrás, nem na pior das nossas cogitações. Logo veremos o que nos reserva o futuro próximo, em termos de alterações, ou não, do mapa político das nossas 308 Câmaras. Mas, do que não restam dúvidas, é que vêm aí algumas mudanças que poderão ser bem substanciais, no que toca ao exercício do poder.
De seguida, teremos eleições para a Presidência da República e, lamentavelmente e como já vem sendo habitual, teremos uma multidão de candidatos como jamais se tinha visto até aos dias de hoje, tal é o número de interessados em chegar ao lugar de mais alto Magistrado da Nação. Menciono acima o termo lamentável, por entender que algumas das candidaturas que se perfilam, não têm o mínimo de classe, de inteligência política, não têm sequer, a cultura, dita básica, mais elementar, para poderem afivelar um qualquer discurso com princípio, meio e fim, se eventualmente, chegassem ao topo da hierarquia política. Desta forma, estamos a achincalhar, a apoucar de forma pouco digna, a candidatura a um cargo para o qual, não basta ser labrego, não chega ser histriónico no discurso, ou inflamada na postura jactante e tão cansativa com que se exprimem conceitos, ideologias, ou estados de alma na praça pública, que é como quem diz: nas redes sociais. Enfim, que Deus nos acuda e nos presenteie com paciência para aturarmos algumas destas personagens que nos próximos tempos, vão passar a vida a entrar-nos casa adentro...