os 'novos' rostos da governação... conceda-se-lhes o benefício da dúvida
Há repetentes, ou seja, ministros que o foram, e que vão continuar a sê-lo.
E, há alguns que tendo-o sido, foram reconduzidos em novas pastas. O caso mais chamativo (pela aparente insensatez da nomeação) é o do novo Ministro da Defesa. É, nem mais nem menos que Augusto Santos Silva, um homem pouco conciliador, nada gerador de consensos, algo quezilento e de 'vistas curtas' (no anterior executivo,pelo menos!). É minha convicção que muitos portugueses, dos mais diversos quadrantes políticos, não suportam já o rosto do cavalheiro, quando nos entra portas adentro num qualquer telejornal.
Nos Ministérios ditos mais sensíveis, há manutenção dos titulares, do chamado "núcleo duro": Teixeira dos Santos, Vieira de Carvalho, Ana Jorge, sendo que esta última (chamada para pacificar a pasta da Saúde depois da "chacina" feita em unidades de saúde, urgências e hospitais por Correia de Campos) ainda não mostrou se é carne ou peixe, se é saudável ou doente, tal a sua insipiência.
Como nota última e a merecer saliência, aponte-se a escritora Isabel Alçada para a pasta da Educação.
Duas notas menos boas, logo antes da 'partida': esta mesma manhã, fez-se 'alonsa' dizendo não ter sido convidada para ministra, o que se confirma, passadas meia dúzia de horas, não corresponder à verdade e, bem mais grave, na mesma entrevista adiantou que se identificava com a anterior linha de orientação do Ministério da Educação. Se assim fôr, dona Alçada, faça o favor: desequilibre-se, estatele-se e escorregue na calçada!
Os próximos tempos dirão, o que mudou, o que se transmutou, o que se transfigurou e o que parecendo ter mudado, afinal, não mudou!