Sócrates, depois da sua colossal asneira, de ter submetido o seu trabalho de casa (leia-se PEC 4) à Europa, a Bruxelas e, principalmente, à patroa dos europeus, a Senhora Merkel, chanceler alemã de cara austera e metodologia pragmática, realmente não podia esperar outra coisa que não fosse aquilo que lhe aconteceu: a queda, a demissão pura e simples.
Se por um lado entendo que uma crise política não nos beneficia em nada nesta altura - juros da dívida dispararam para valores recorde -,também julgo que "mais vale cedo que tarde, nesta matéria", pois quanto mais Sócrates durasse, maiores seriam os prejuízos que, inevitavelmente, não deixariam de crescer exponencialmente. Assim, já foi, paz à sua alma!
Aparece agora a outra face da moeda, que é como quem diz, o líder da oposição, esfaimado de vaidade, ofuscado pelas luzes da ribalta, com a sua primeira bomba relógio: Em discurso tido há cerca de um ano, criticava acérrimamente o governo pelo aumento da carga fiscal, insuportável sobre os portugueses. Daí para cá, foi garantindo que caso Sócrates tombasse o seu partido e a oposição saberiam(?) dar um novo rumo ao país.
Pois bem, 48 horas após a demissão de Sócrates, Passos Coelho adianta que, muito provavelmente, uma subida do IVA para 24 ou 25% terá que ser encarada a breve trecho. Ora digam-me cá: são ou não farinha dum mesmo saco? Cambada!