Há dias em conversa com alguém que me é muito querido, surgiu a lembrança do Dia dos Namorados e a inevitável questão, "o que é que te vou dar?"
A resposta do outro lado, deixou-me embasbacado, parado a reflectir no que acabara de ouvir e que se resume a: "e o dia dos pobres, quando é?"
Olhei o meu ente querido com ternura, muita ternura e, anuí com o coração cheio de um sentimento de vazio, de compaixão plena para com todos aqueles que, longe da possibilidade consumista para a aquisição de uma singela rosa que seja, mais não pedem que um pouco de alimento e agasalho que lhes afague o estômago e as rugas geladas do corpo.