Não passou ainda tanto tempo assim, manifestamos neste espaço a profunda preocupação pela agressividade brutal que por aí grassa entre jovens que estão agora a chegar à vida, que se insultam, se golpeiam, se agridem, se matam por questões de "lana caprina".
A noção mais ou menos distendida que tudo se pode, que tudo é permitido, e que em caso de azar, a lei é uma coisa de que já se ouviu falar mas que não interessa para nada, pois, até se pode "ir dentro", mas um pouco depois já se regressa alegremente, está infelizmente, instalada na sociedade portuguesa de pedra e cal, ou seja, vale quase tudo, que as consequências, depois logo se vê!...
Vem isto a propósito da agressão brutal de que foi vitima um jovem de 15 anos e que está entre a vida e a morte. Quanto à vida, se da morte se salvar, há que esperar sequelas sérias que, neste momento, ninguém se atreve a identificar ou quantificar.
Sabemos que nestas idades há rivalidades, há aquela miúda que se quer namoriscar, há trivialidades que são comuns a todas as gerações e que geram alguns desentendimentos entre a rapaziada. Mas isso resolve-se com mais ou menos chapada e ponto final.
Voltando à agressão do penúltimo paragrafo, recorde-se que primeiro os dois irmãos Iraquianos atropelaram o jovem de 15 anos e que, depois o agrediram de forma tão selvática e desumana que lhe desfiguraram o rosto e provocaram vários derrames cerebrais...
Perante tal ferocidade, importa perguntar se as nossas autoridades vão ou não levar à Justiça os alegados responsáveis, solicitando o levantamento da imunidade diplomática e punindo severa e exemplarmente quem assim procede. Não chega ser filho de diplomata de uma Nação estrangeira para se estar acobertado de todas as infâmias de que a alma humana é capaz.