O Serviço Nacional de Saúde é um bem inestimável, é uma benção de que nem todos se podem gabar e, é também, uma conquista que importa e, de que maneira, preservar a todos os títulos.
Não sobreviveu uma criança no Hospital das Caldas da Rainha por, supostamente, não haver Médico de Obstetrícia/Ginecologia de plantão, aquando da chegada da grávida à unidade hospitalar... Que lástima, que tal aconteça neste tempo, nesta era neste século!
Tal nefasto acontecimento fez espoletar de imediato casos semelhantes em alguns hospitais Lisboetas, em Setúbal, em Braga, em Portimão. Faltam médicos daquelas especialidades para preencher as escalas de serviço dos ditos hospitais.
Os médicos do SNS estão mal pagos por comparação com os seus colegas que trabalham nos Hospitais Privados e, até mesmo, com médicos tarefeiros contratados a empresas que se dedicam ao "métier". Não é de censurar que cada um procure trabalhar com aqueles que lhes asseguram melhores condições salariais. Não, em boa verdade, não é de censurar.
Mas, no entanto, e com vista a evitar esta "fuga" dos Médicos do Serviço Nacional de Saúde rumo aos Privados, porque não se regulamenta através de legislação própria que um Médico "feito" nas Universidades e Hospitais-Escola Portugueses, seja levado a cumprir um qualquer espaço temporal mínimo ao serviço do "SNS"? Aliás, a exemplo do que acontece com os pilotos da força aérea, cuja formação é tão dispendiosa. Estes últimos, tanto quanto se sabe, acabam todos a ser pilotos da aviação comercial, não sem antes, terem permanecido alguns anos ao serviço da força aérea, como que a compensar o erário público do muito que neles se investiu. Pensem nisso, todos os implicados no processo, mas pensem mesmo por favor, senão ides acabar com o Serviço Nacional de Saúde!