Vive-se por estes dias uma crise grave no sector da saúde.
Há falta de médicos de algumas especialidades no seio do nosso "SNS"; nomeadamente, não temos Obstetras, Ginecologistas, Anestesistas, para só falarmos em algumas das especialidades com lacunas agudas, quanto à falta de Médicos Especialistas naquelas áreas.
À conta da escassez daqueles profissionais, ou por aposentação, ou porque migraram para Hospitais Privados por aí serem melhor remunerados, eis que se fecham Urgências Hospitalares por não assegurarem o número mínimo de profissionais para o desempenho de uma tarefa, que deve ser desenvolvida em equipa.
Os diversos Partidos cá do burgo engalfinham-se na Ministra da Saúde, exigindo tomadas de posição para resolução da problemática questão no mais curto espaço de tempo. Ou, na ausência da tal imediata assunção que resolva tão pungente questão, exige-se a sua demissão, por manifesta incapacidade em solver uma questão que a todos nós preocupa, é certo.
Pois..., está bem! Se não resolve, se não arranja uma solução para ontem, então, fora e toca a dar o lugar a outro. A Oposição cansa-nos com este tipo de comportamento. Esgota-nos com este marasmo, esta falta de ideias. Não há pachorra para os aturar quando daquelas cabeças nada mais brota senão: demita-se! não serve a contento, portanto, toca a andar! Que ausência de tudo. Até de um pingo de vergonha...
Não sendo filiado em qualquer Partido, nem tendo, hoje em dia, qualquer simpatia especial por este ou por aquele, tenho que admitir que a Ministra da Saúde Marta Temido tem feito uma longa travessia do deserto, tem calcorreado o caminho árduo das pedras ao longo dos dois últimos anos, para que se lhe possam atirar no rosto, sem mais nem menos, palavras menos encomiásticas. Sejamos dignos, sejamos verdadeiros. A Senhora pode não ter feito tudo certo, mas conceda-se-lhe o benefício da dúvida e dê-se alguma margem de manobra para que ela possa tentar remendar o pano rôto que já vem, bem de lá de trás. Ao menos isso!