Melhoria salarial, contagem do tempo de serviço "apagado", consequente progressão na carreira, com repercussão na aposentação, fim das quotas para o acesso aos 5º. e 7º. escalões, melhores condições de trabalho através do fim, ou diminuíção, de uma carga burocrática excessiva, aproximação do Professor ao local onde mora e tem família, raízes... Enfim são tantos os motivos para dialogar com a Tutela sobre como melhorar a Escola pública!...
Mas, não! Na passada Quinta Feira, Professores (Sindicatos) e Tutela estiveram em mais uma reunião - a sétima. No final, NADA! O sr. Ministro só conversa sobre um tema. Todos os restantes, estão fora da agenda... Nestas condições, pergunta-se: para quê mais reuniões se não passam de uma mera perda de tempo e de um nítido empurrar o problema para a frente, no sentido de ganhar tempo? Parece que o sr. Ministro da Educação almeja levar a questiúncla até tão longe, tão longe, que com isso mais não quer que virar Pais contra Professores e todos os outros profissionais que fazem a Escola.
Depois de 2 anos de pandemia em que os Professores se reinventaram para "segurar as pontas", eis que este senhor parece mais vocacionado para dar a machadada final na Escola Pública Portuguesa. A quem aproveita, a quem interessa, sobremaneira, este clima de guerrilha continuada? A resposta está na ponta da língua: pois, ao sector privado, aos colégios e outras instituições particulares, está claro! Se, infelizmente, nada de realmente importante e sério acontecer nos próximos tempos, caminhamos a passos largos para o acabamento, para o desabar, para o fim da Escola Pública de que todos usufruímios até ao presente. E isso, será um golpe bem rude, verdadeiramente desastroso, quer para o crescimento de cada um de nós enquanto indivíduos, quer para o desenvolvimento do País e Nação que num todo constituímos.
Já se agendam mais formas de luta contra este marasmo, que é como quem diz, mais greves. E já se prevê que o Ministério venha impôr mais "serviços mínimos". Até neste capítulo, a coisa está feia e perigosa para o nosso presente e para o amanhã dos nossos filhos. Estão a coarctar direitos essenciais e fundamentais no que concerne ao direito inalienável que a todos nós assiste e que é o Direito à Greve. Para onde caminhamos? O que é que nos estão a fazer? E nós, vamos continuar assim tão mansos? Até quando?...