Rio? É mais um riacho!

O Senhor Rui Rio parece que decretou que o Feriado Municipal de S.João, na cidade do Porto, que se celebra a 24 de Junho há mais de um século, deixe de o ser já a partir deste que se aproxima vertiginosamente, pois estamos a cerca de 48 horas de começar a festejar a noite de todos os portuenses, e não só.

É lamentável, é verdadeiramente um soco rude no estômago de todos os "tripeiros", o que este cavalheiro decretou há cerca de 8 dias. Mais lamentável ainda é alegar que responsabilidade da sua decisão lhe não cabe, já que, segundo ele, foi por imposição governamental, o que o Governo já desmentiu para que não restem dúvidas...

Este homem não percebe nada do Porto, do que vai na alma das gentes do Porto, das tradições e costumes que desde há décadas se vivem por estas paragens, é um verdadeiro "estrangeiro" no Porto. Pena é que tenha governado os seus destinos por tantos anos... O Porto não é só números, o Porto não é só "contas em dia". Faz jeito e convém, saliente-se, mas o Porto é muito mais do que isso. Ainda bem que te vais!...

De que merda somos feitos?

Estamos feios...

Estamos desleixados, desordenados, desarranjados...

Estamos de calças a caír pelo rabo abaixo, com suspensórios pelos joelhos, com meia fralda dentro e outra meia fora...

Estamos desgrenhados, com ninhos de lêndias e piolhos em crianças e unhas de gel e banhas de gordura a explodir nas calças das mães destes rebentos...

Estamos com crianças(?) de 15 anos que dão socos na cara de professoras, que colapsam de imediato e, cujo director de escola diz que vai fazer um inquérito...

Estamos numa Sociedade que não vai para lado algum que não seja rumo ao precipício...

Estamos à mercê da sorte num mundo onde grassa a impunidade e só nos resta tentar escapar ao azar passando por entre os pingos de chuva...

Estamos uma merda!... 

Aumento do custo de vida

Ando às compras como quase todos. E, digo "como quase todos", porque ainda há uns largos milhares de portugueses bem instalados na vida, que não vão às compras. Estes, têm empregadas para lhes tratar destas minudências da vida...

Vou às compras e assisto ao galope desenfreado do aumento do custo de vida com esta sensação dupla de raiva e de impotência. Raiva porque me apetecia desatar aos gritos no meio do hipermercado, contra todos os que comandam os seus destinos e nos estão a sugar desta forma descarada, sem vergonha; impotência, porque tenho absoluta consciência que nada posso fazer contra esta gula desenfreada dos grandes  grupos económicos que, a coberto da crise, estão num autêntico carrossel de voracidade engolindo os pobres, triturando os remediados e aspirando ficar a viver "só com a nata", c'os os ricos e poderosos...

Exemplos das minhas constatações:

- Atum disparou de entre 0,85 e 1,05€ para entre 1,35 e 1,55€; (Jumbo, Continente, Modelo, etc.)

- Massas de 0,41 para 0,45 cêntimos (Lidl)

- Azeite de 2€ para entre 2,60 a 2,80€ (Lidl)

- Iogurtes/Grego (Lidl) de 1,39 para 1,49€

- Papel higiénico standard 4 rolos de ,099 para 1,09 e, agora, 1,19€ (Lidl)

- Manteiga de 0,89 para 0,99, 1,09€ e já vai em 1,13€ (Lidl)

- Feijão e Grão de Bico cozidos de 0,44 para 0,49 cêntimos (Lidl)

- Compal/Manga de 1,09 para 1,19 e, agora, assentou nos 1,29€ (em todos os Hipers)

Muito mais exemplos haveria para demonstrar esta verdade cruel, do disparar dos preços desta forma inusitada, terrível e demolidora, numa altura em que o desemprego, a fome, e os despejos andam por aí, em todas as ruas da nossa cidade, da nossa aldeia, do nossa bairro, da nossa rua. O desespero, em muitos casos, mora aqui já, na porta ao nosso lado. Há aqui aumentos de entre 10 a 50% e depois vêm falar-nos que a inflação anda nos 3,5%. Hipócritas e manipuladores das nossas vidas...

Malditos sejam todos aqueles que nos conduziram a este estado de miséria permanente em que penamos. E, malditos sejam também, todos aqueles que, neste momento, estando lá, estando com plenos poderes, na governação deste país, nada façam para trazer moralidade e justiça para a praça pública. Penalizem-se judicialmente todos aqueles que desbarataram e desbaratam o nosso futuro e o amanhã dos nossos filhos. Por favor, cadeia com todos eles!

Jogos perigosos

Depois da greve, não há vencedores nem vencidos. Todos ganharam! Para uns a greve teve uma adesão de cerca de 90%; para outros mais de 70% dos professores esteve presente nos exames, ou seja, a trapalhada de sempre em que ambos os lados da contenda apregoam aos sete ventos: "a vitória já cá canta".

O pior é que saímos todos, mas mesmo todos, a perder!...

Que cansaço...

Estou cansado do Pedro.
E estou farto do Tozé Seguro.
Dos outros, já nem tenho forças para exprimir o meu desalento.
Estou cansado até à medula destes fariseus dos tempos modernos.
Porque será que os não despachamos para as pampas de uma vez por todas e em bloco?...

Mudança

Mudei.
Mudei de casa.
Mudei de quarteirão.
Mudei de vizinhos.
Mudei de ares.
Mudei de instalações e, com isso, mudei de vida também.
Mudei e estou muito bem tal como estou.
Viva a mudança!

Nomeações governamentais...

Há uns tempos a esta parte, apareceu nos meios de comunicação uma informação que, até hoje, pelo menos, ninguém desmentiu: o Governo tinha nomeado cerca de 4.700 pessoas nos cerca de 2 anos que leva na "crista da onda"!

Confesso que acho uma enormidade que o Primeiro Ministro, seus Ministros e respectivos Secretários de Estado num tempo de "vacas tão magras", de tamanha crise e tantos e tão propalados cortes na despesa pública, cometam um tão grande dislate, um tão chapado disparate.

Infelizmente, mudou a pasta (mal cheirosa, diga-se!) mas a treta dos "Boys", dos afilhados, dos amigos, dos enteados, das primas e dos cunhados, oh, meu Deus, tudo é como sempre foi. Não muda mesmo nada!

Greve dos Professores

Não sei se estarei certo ou errado, mas a guerrinha pegada em que andam entretidos Ministério da Educação e Professores, não vai passar ao lado da vida social portuguesa sem deixar mossa pesada quer no lado da governação, quer no lado dos que fazem vida a ensinar a vida aos outros. É que a instabilidade na cabeça dos que estudam, na dos seus familiares e também, na dos que vêm a vida a andar para trás com a imposição da bendita mobilidade, com o aumento da carga horária de trabalho e, portanto, com o fantasma do despedimento não traz paz à cabeça de ninguém.

O Ministério não tem dinheiro.

Os estudantes e suas famílias não têm culpa.

Os professores sem horário (por falta de alunos) vão para outras escolas, vão leccionar aquilo que outros colegas leccionavam, lançando estes últimos no desemprego.

Com tal panorama, em que todos gritam contra todos, vai sobrar desespero na cabeça e na vida de muitos, vão disparar os números do desemprego, vão gastar-se mais uns milhões em subsídio de desemprego. Em suma: quem ficará melhor e quem ficará pior?

Do que se não duvida é que o nível da qualidade de Ensino, esse sim, vai caír a pique!