30 julho, 2011

Scut's versus auto-estradas

Vou deixar neste espaço o meu lamento, a minha tristeza, a minha incompreensão pela injustiça gritante de verificar que, quem mand(a)ou neste país, não sabe o que anda a fazer.
Refiro-me concretamente aos IP ou IC - Itinerários Principais ou Complementares - que, a sul são boas vias, com excelentes tapetes de alcatrão e se prolongam pelo Alentejo fora, ou pelo Algarve adentro por largas dezenas de quilómetros. São, realmente, boas alternativas à auto-estrada A2 que liga Lisboa ao Algarve.
Na 'contra-mão' de tudo isto, deveriam e devem os governantes, fazer a viagem Lisboa-Porto pela antiga estrada nacional. E, chegados ao Porto, após 6-7 horas infernais de muitas rotundas, muitos camiões, muitos tractores agrícolas, de muitos ciclistas e muitas motorizadas, lancem-se a fazer Porto-Valença pela EN13, passando Vila do Conde, Póvoa, Fão, Esposende, Viana do Castelo e por aí adiante...
Não gosto das guerrilhas Norte-Sul, nem de regionalismos de pacotilha, não perfilho tais comportamentos. Mas, entendo pela experiência vivida, que a Sul vai pela auto-estrada quem quer, enquanto que a Norte tal alternativa não existe. Vai pela auto-estrada "todo o mundo" por ser impossível, intragável, impraticável, um atentado à inteligência viajar pelas estradas nacionais. 
Daqui se inferir que a Norte e sem alternativas viáveis, as 'SCUT' deveriam continuar a servir uma região e os seus habitantes que não têm culpa de aqui viverem!

Voltei!

Estou de volta!
De regresso à terra, à rua e ao quarteirão onde vivo desde há alguns anos, reparo que tudo está como dantes, nada mudou. A cor das casas, o bulício dos carros em movimento, a cara cinzenta das pessoas, dos vizinhos e dos lojistas cá do burgo.
Tudo bem diferente, do reboliço reinante das terras por onde andei. Poderá dizer-se que, sendo terras de turismo, de pessoas diferentes que vivem realidades diferentes, não é de espantar. Mas, realmente, "estando cá dentro", até parecia que estávamos fora.
Agora, de volta ao costume, de regresso às lides, às batalhas a que já nos habituamos só resta fazer um voto: que o resto do ano que temos pela frente seja o melhor possível para todos os portugueses!