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07 outubro, 2023

Clima e estupidez

É uma constatação, triste e que parece não ter fim anunciado para as próximas décadas...

Ontem, visualizei duas situações lamentáveis, que passo a enumerar:

  • Um homem de cabelos brancos, cerca de 60-65 anos, num parque de estacionamento do Shopping Alameda, junto ao Estádio do Dragão, de regresso ao carro, abre a porta e tira do seu interior aquilo que me pareceu, uma caixa de cartão, do tipo caixa de sapatos, olhou-me nos olhos, revirou o olhar em volta e deposita a caixa de cartão junto a uma coluna da edificação. Sentou-se ao volante e "bora lá daqui para fora" antes que venha alguém e o chateie. Fiquei atónito com tal comportamento, numa altura em que se brada aos quatro ventos toda uma preocupação ecológica para com o planeta, que bem deveria ser colectiva.
  • Dando uma volta a pé para desentorpecer e fazer algum exercício, cirandei nas imediações do já mencionado Estádio do Dragão, onde 48 horas antes tinha havido um Porto/Barcelona para a Champions League. Fiquei, uma vez mais, assarapantado com a quantidade de embalagens vazias de sumos com dizeres espanhóis... Nitidamente, "l'affición de nuestros hermanos" veio apetrechada com lancheira, mas não se coíbiram de lançar para o chão todas as embalagens vazias... Quem vier atrás que feche a porta, assim deve pensar este tipo de cidadãos.

Com exemplos destes todos os dias, ao virar de cada esquina, surgiram nos dois/três últimos dias activistas dum movimento denominado "climáximo" a protestar, veementemente, contra o poder político e o poder dos grandes grupos económicos, no sentido da diminuíção drástica de combustíveis fósseis. Até aqui, tudo bem! A asneira, pois passam da razão para a palermice num ápice, está em pintar fachadas de edifícios com cores berrantes, ou a partir as vidraças gigantescas desses mesmos edifícios. Assim não! Isto não é protesto! Isto é agressão, isto é despropositado, isto é criminoso, isto atenta contra o património alheio e, portanto, deve ser criminalizado.

E assim vamos andando, sabe Deus até quando. No meio da asnice preguiçosa e indolente de tantos e dos exageros de uns quantos, que bem melhor estariam se outras formas de protestar engendrassem.