Cerca de duas semanas após a grande desgraça que se abateu sobre Valência e todas as cidades que lhe ficam nas cercanias, como por exemplo, Paiporta, o cenário que nos chega via televisões, é absolutamente aterrador, e deixa-nos sempre em estado de choque, tal é a grandeza, a magnitude de todo aquele fenómeno climático capaz de gerar uma tão violenta, quanto mortífera consequência.
Há milhares de toneladas de destroços que se encontram ainda por ruas e ruelas e em pleno leito do rio que banha a cidade, isto para além do muito que já foi feito quer pela população, quer por voluntários, quer por membros dos bombeiros, do exército e da protecção civil, gente de todas as partes de Espanha, com alguns de Portugal, incluídos.
Cem mil carros destruídos, encontram-se amontoados em várias andadas com destino à sucata. Milhares de casas, escolas, centros de saúde e hospitais precisarão de obras de recuperação urgentes para que a vida possa regressar a níveis de normalidade o quanto antes. É dantesca a tarefa que os Espanhóis têm pela frente, mas com a ajuda da Comunidade Europeia e um pouco de todas as comunidades espanholas, a começar pela Comunidade Valenciana, melhores dias virão com toda a certeza.
Do que não restam dúvidas é que mais de duzentas vidas se foram, há ainda um número pouco preciso, quanto aos desaparecidos, e tudo isto se deve a um fenómeno de alteração climática, pois segundo os especialistas na matéria, a água do Mediterrâneo, mar que banha a costa Valenciana, está 5 graus acima do normal o que provoca um fenómeno de rápida evaporação para a atmosfera que gera estas chuvas diluvianas e repentinas, capazes de causarem inundações súbitas e gigantescas que tudo levam na sua frente.
Como seria bom, que o Homem que só ambiciona por mais e mais, se detivesse um pouco e pensasse que, fenómenos como este, voltarão a repetir-se se, entretanto, os senhores da ganância acolitados pelos do poder, nada fizerem tão rápido quanto possível. É que um dia, quem sabe, toca a um destes "eleitos" ir de escantilhão rio abaixo, no meio das águas em alvoroço?!