14 novembro, 2023

E o sucessor é?...

Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro, já se perfilam na linha de partida para disputarem o lugar de Secretário Geral do PS, e, supostamente, o lugar de Primeiro Ministro, caso o Partido a que ambos pertencem venha a ganhar as eleições que se encontram aprazadas para 10 de Março de 2024.

Não pendendo para nenhum dos lados, pois já aqui o manifestei, sou apartidário e ausente dessa lides, parece que ambos são diametralmente opostos quer na postura pública, quer na forma como se movimentam nos corredores do seu próprio Partido.

Pedro Nuno Santos é, supostamente, douto e muito senhor dos seus galões. Expressa-se alto e bom som e defende posições em que parece dominar a verdade absoluta. Lembram-se do aeroporto que ia ser em Alcochete?...

Quanto a José Luís Carneiro transmite uma mensagem bem mais calma, bem mais ponderada. Infunde uma imagem de maior seriedade, de maior credibilidade. Mas, como sabemos a arraia miúda onde me inclúo, nem sempre alinha neste tipo de conduta, preferindo figuras mais espalhafatosas, mais arrogantes, supostamente, mais talhadas para embarcar na grande barca da Governança.

Mas, que falta nos fazem aqueles Homens que quando embarcavam na coisa pública eram, nem mais, nem menos, que Estadistas...

E Galamba também já foi...

João Galamba, ex- Ministro das Infraestruturas (e ex. porque já se demitiu), foi à sua vidinha, à semelhança do seu padrinho e patrono, António Costa. Paz às suas almas!...

Galamba esteve sempre numa postura algo truculenta, sisuda, prepotente, muito senhor do seu prosaico nariz. Quem se não lembra daquela intervenção na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, em que, literalmente, à moda de Sócrates "desfez" por palavras jocosas, virulentas e insidiosas o deputado que o tinha interpelado? Quem esqueceu aquela entrevista à Sandra Felgueiras sobre a exploração de lítio, em Montalegre, em que foi "rasgadinho", a roçar a má criação? Quem esqueceu a suposta invasão do seu Ministério, pelo chefe do seu gabinete a quem acusou de ali ter ido para roubar um computador, e ter espoletado a intervenção do "SIS"? São tantas e tamanhas as diatribes do sr. João Galamba, que tudo aquilo com que nos podia brindar é com a sua fuga para o tão desejado, por todos, retiro espiritual donde se não deseja volte a ressuscitar.

O Homem, tão animalesco!

Bombardearam um Hospital......................

Não querendo parafrasear Josep Borrel, também eu penso que, se criticarmos acesa e enérgicamente a intervenção brutal e desmedida dos Israelitas, em Gaza, poderemos estar a incorrer no risco de virmos a ser apelidados de antissemitas. Nada disso! Não sou antissemita, não sou anti-islão, não sou anti-ninguém, não sou anti-coisa nenhuma... Sou, isso sem dúvida que sou, é anti-barbárie, sou anti-crueldade, sou contra tudo aquilo e todos aqueles que, inflijam dôr, sofrimento, privação, fome, sem casa, sou mesmo contra todas as formas que levem lágrimas aos olhos de crianças, de mulheres sofridas, de homens com Famílias e vidas despedaçadas. Contra tudo isto, eu sou, visceralmente contra.

Tal como o malfadado Putin, sempre que mandou bombardear Hospitais, Escolas, Estações de Comboios, e toda a população, em geral, já que visou e continua a visar áreas residenciais, também neste conflito de proporções gigantescas que se trava no Médio Oriente, entre Israelitas e o Hamas, há que chorar, há que bradar aos Céus todas as mortes de civis inocentes que têm sido apanhados e massacrados, estando encurralados, não tendo por onde fugir.

Israel ao bombardear o maior Hospital de Gaza, continua a perder o respeito, a credibilidade e a vontade de toda uma comunidade internacional, que bem tinha entendido o ataque mortífero, sangrento e dilacerante que tinham sofrido às mãos do Hamas. Hoje, Israel está a trilhar o mesmo caminho insidioso e letal na mira de acabar com o Hamas. Pobre caminho este, paupérrima postura esta que em nada abona a favor de Israel. Estão a ser tão desmedidamente cruéis e mortíferos como o tinham sido aqueles que assassinaram os seus a 7 de Outubro.

Todo o Homem de bem, todo o Homem bem formado, humanizado, empático, solidário, piedoso e Amigo do outro, não fará jamais ao seu semelhante, aquilo que não deseja lhe seja feito pelos outros. Mas, para que tal aconteça, é preciso que o Homem seja Homem e não uma hiena hedionda e animalizada até ao mais ínfimo do seu ser. Quando, mas quando é que conseguiremos um tal estado de evolução na Humanidade?...

Até lá, vamo-nos comportando no Médio Oriente, na Ucrânia, como noutras partes do mundo, como uma data de animais à solta e sem quartel!