15 outubro, 2024

Ventura sem arte nem engenho

Por terras cá do burgo, lá vamos andando com a novela que os senhores da política nos vão enfiando pela goela abaixo.

Montenegro diz que o outro é mentiroso. O outro afirma a pés juntos, que o mentiroso é Montenegro. Palavra daqui, frase dali, lucubrações dacolá, tem havido nos media nacionais as mais díspares interpretações para a verborreia dum e os silêncios do outro.

O outro afirmou - o que foi grave - que Montenegro é mentiroso e que, se preciso for, tem provas do que afirma tão categoricamente... Tem provas? Mas, que raio de provas? Será que esse cavalheiro a ter ido reunir com Luís Montenegro, levou no bolso do casaco um gravador? Ou terá sido uma micro câmara na lapela, à guisa de alfinete? Se forem deste jaez as provas de que fala, é imperioso que alguém lhe diga abertamente, que tais procedimentos sem consentimento do visado, são comportamentos que configuram uma atitude ilícita, logo, passível de sanções.

Enfim, com o OGE no olho do furacão, este cavalheiro não tem nada de mais útil para fazer do que lançar toda esta atoarda para cima da mesa, mesa onde se baralha e volta a baralhar no sentido de se saber quem, afinal, é que vai dar...

Trump e tanta asneira

Donald Trump tem feito uma campanha eleitoral insidiosa, maldosa, insultuosa, digna de alguém que está senil, em perda nítida e acentuada das qualidades cognitivas, enfim, de alguém que está descompensado, demostrando todas as fragilidades de que enferma neste tão importante momento da vida Norte Americana, mas não só, já que dali emanam muitas coordenadas vitais para o instável equilíbrio, que neste momento se vive no resto do mundo.

Trump refere-se agora a um "inimigo interno" que ele acha que há que aniquilar, se preciso for, com o recurso à Guarda Nacional, ou até, aos Militares. Mas, quanta loucura vai na cabeça deste quase octogenário para, estando ainda na posição de mero candidato, se pronunciar desta maneira tão bélica, tão desproporcional, tão afastada da Democracia reinante na grande Nação Americana.

Se ele viesse a ganhar, uma outra vez o assento na Sala Oval, em Washington, o Mundo estaria confrontado com mais uma catástrofe a juntar a todas aquelas que vamos presenciando todos os dias das nossas vidas. Ele seria o rastilho para mais uma onda de desgraça que ficaria a pairar sobre as nossas cabeças. Tenhamos fé que o povo Norte Americano consiga discernir entre o certo e o errado, entre a verdade e a mentira, entre o real e a fantasia, entre o mentalmente são e os cuidados paliativos... Oxalá, eles não nos defraudem!