02 março, 2024

Eleições - o tempo da mão estendida

Andam por aí, por feiras e mercados, por avenidas e praças, por vielas e bêcos, eles andam por aí de mão estendida, como que a esmolar que se aceite o folheto e se lhes olhe bem no fundo dos olhos. Parca recompensa para quem,dentro de algum tempo espera estar refastelado nas cadeitas da nosso Assembleia da República, usufruindo de condições sociais e remuneratórias, muito para além do vulgar dos mortais, isto para já não falar das mordomias a que todos têm direito. 

Pobre tempo este que vivemos. Tempo de campanha eleitoral. Tempo que deveria ser de apresentação dos respectivos programas eleitorais, mas que não tem passado de tempo de ataques pessoais, de tempo de questiúnclas inter-partidárias que em nada têm esclarecido o eleitorado Português.

Já fomos confrontados com apoiantes de candidaturas que mais não disseram que meras barbaridades, que obrigaram os verdadeiramente candidatos a ter que vir corrigir e emendar os desmandos antes cometidos.

Enfim, impera a mediocridade, a ausência de ideias fortes e programáticas que nos levem a acalentar que após as Eleições a nossa vida vai melhorar. Infelizmente, não se augura nada de bom!

Gaza - mais uma tragédia!

Na faixa de Gaza, a guerra continua encarniçada, cruel, fria e letal como a morte...

A fome grassa no corpo e na alma de muitas centenas de milhares de Palestinianos. No crepúsculo da madrugada, uma trintena de camiões entra no território carregada de mantimentos. A fome, essa danada necessidade de lutar pela subsistência leva milhares de seres a aproximarem-se desesperadas dos camiões, na mira de conseguirem a tão ansiada malga de farinha...

São muitos, são às centenas, aos milhares e gera-se um clima de verdadeiro tumulto. No meio da confusão, ouvem-se disparos - segundo testemunhas presenciais - e há a lamentar mais de uma centena de mortos.

Dos dois lados da trágica contenda, "ouvem-se" versões contraditórias. Há, no entanto, a assumpção por parte dos Israelitas que os disparos fatais, para tanta gente, foram feitos na mira de conter a turba, de suster o ímpeto com que os Palestinianos esfomeados abordaram os camiões.

Qualquer que seja a razão invocada, nada traz de volta aqueles que partiram desta forma tão vazia de humanidade, de compaixão, de misericórdia para com todos aqueles que sofrem os horrores que a população Palestiniana está a sofrer.

Malvados sejam os terroristas do Hamas - qualquer que seja a sua Nacionalidade - já que utilizam os cidadãos indefesos como escudos dos seus lombos cobardes e miseráveis, como malvados sejam também, todos os Israelitas que, numa guerra sem quartel, se permitem tamanhas atrocidades.