12 janeiro, 2021

Confinar, travar, apoucar

Anuncia-se um novo confinamento...

Os números são arrasadores, quer nas mortes, quer no número de infectados. Há que parar os movimentos dos seres malucos que todos somos. Não prestamos. Somos demasiado centrados no nosso próprio umbigo, demasiado egoístas para nos preocuparmos com o bem dos outros. Queremos lá saber do resto, se nos sentirmos uns valentaços e ainda nada nos tiver tocado pela porta...

Um bar na noite do Porto cheio de gente, toda sem máscara; Madrilenos brincando na neve em grupos de centenas ou milhares; Norte Americanos, qual turba adoidada, a invadir o Capitólio aos milhares; Brasileiros na praia aos magotes a perder de vista: Gregos a banhos, uns em cima dos outros, após uma anormal onda de calor, para quem está em Janeiro. Enfim, não temos remédio. Só entendemos uma linguagem: a da repressão, a da ordem vinda de cima, só baixamos a cerviz se a tal formos obrigados...

Com o confinamento, vem a paragem da máquina produtiva e todos os malefícios no lado social, do emprego, da queda de empresas no fosso de onde jamais voltarão a emergir. É a desgraça anunciada para muitos e muitos de nós.

Custa,  no entanto, a entender como é que se espera um confinamento e se preconiza a continuidade das aulas de alunos até aos 12 anos de idade. Então, isto não vai dar milhares e milhares de Portugueses a circularem para trás e para a frente para levar os filhos à Escola? E, para depos os lá irem buscar? É assim que se espera minorar o tamanho deste desastre universal? Confesso, não entendi António Costa quando hoje anunciou ao País, depois da reunião no Infarmed, o que lhe vai na alma. Vamos ver o que vem aí, depois de consultar os seus confrades.