Mostrar mensagens com a etiqueta serviços mínimos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta serviços mínimos. Mostrar todas as mensagens

14 março, 2023

Educação, Tutela à deriva...

Melhoria salarial, contagem do tempo de serviço "apagado", consequente progressão na carreira, com repercussão na aposentação, fim das quotas para o acesso aos 5º. e 7º. escalões, melhores condições de trabalho através do fim, ou diminuíção, de uma carga burocrática excessiva, aproximação do Professor ao local onde mora e tem família, raízes... Enfim são tantos os motivos para dialogar com a Tutela sobre como melhorar a Escola pública!...

Mas, não! Na passada Quinta Feira, Professores (Sindicatos) e Tutela estiveram em mais uma reunião - a sétima.  No final, NADA! O sr. Ministro só conversa sobre um tema. Todos os restantes, estão fora da agenda... Nestas condições, pergunta-se: para quê mais reuniões se não passam de uma mera perda de tempo e de um nítido empurrar o problema para a frente, no sentido de ganhar tempo? Parece que o sr. Ministro da Educação almeja levar a questiúncla até tão longe, tão longe, que com isso mais não quer que virar Pais contra Professores e todos os outros profissionais que fazem a Escola.

Depois de 2 anos de pandemia em que os Professores se reinventaram para "segurar as pontas", eis que este senhor parece mais vocacionado para dar a machadada final na Escola Pública Portuguesa. A quem aproveita, a quem interessa, sobremaneira, este clima de guerrilha continuada? A resposta está na ponta da língua: pois, ao sector privado, aos colégios e outras instituições particulares, está claro! Se, infelizmente, nada de realmente importante e sério acontecer nos próximos tempos, caminhamos a passos largos para o acabamento, para o desabar, para o fim da Escola Pública de que todos usufruímios até ao presente. E isso, será um golpe bem rude, verdadeiramente desastroso, quer para o crescimento de cada um de nós enquanto indivíduos, quer para o desenvolvimento do País e Nação que num todo constituímos.

Já se agendam mais formas de luta contra este marasmo, que é como quem diz, mais greves. E já se prevê que o Ministério venha impôr mais "serviços mínimos". Até neste capítulo, a coisa está feia e perigosa para o nosso presente e para o amanhã dos nossos filhos. Estão a coarctar direitos essenciais e fundamentais no que concerne ao direito inalienável que a todos nós assiste e que é o Direito à Greve. Para onde caminhamos? O que é que nos estão a fazer? E nós, vamos continuar assim tão mansos? Até quando?...

27 janeiro, 2023

João Costa, a Educação de rastos...

Precedente grave que atenta contra o direito à Greve

O Tribunal (Colégio)  Arbitral "deu razão"(?) ao Governo e manda que sejam cumpridos Serviços Mínimos nas Escolas...

Esta tomada de posição afectará TODOS os Profissionais ligados à Educação, TODOS os Profissionais do edifício escolar, TODOS sem qualquer respeito pela vontade e pelo direito à Greve que todos nós temos perante a Constituição Portuguesa. É uma machadada, mais uma, na Democracia, num estado de Direito, num País do Continente Europeu, que se quer pertença ao grupo dos Países mais evoluídos e credenciados em termos de Direitos no Trabalho e Humanos.

A medida, para já, visa sómente o S.T.O.P., mas não deixa de ser uma brecha grave no sistema democrático Português. A efectivar-se, será de temer que outros Sindicatos e outros Sectores da vida Colectiva Portuguesa, possam vir mais cêdo, ou mais tarde, a sofrer desta chaga viva que agora se abre, sabe Deus até quando e com que consequências!...

Está na hora de dizer basta! Acordai enquanto é tempo! Acordai desta perene letargia Portugueses!


P.S.: Se quiser saber mais, o 'link" acima da Multinews/Sapo.pt é essencial.

23 janeiro, 2023

Educação - Serviços Mínimos?!...

Os Professores e todo o pessoal afecto à Escola Pública estão na rua...

Cansaram-se!!!

Esgotados, com esgares de grande frustração e infelicidade estampada no rosto, por não verem a sua função dignificada, respeitada e, devidamente remunerada face ao muito, mas mesmo muito, que ao longo de décadas têm dado ao ensino, à instrução, à passagem do saber e do conhecimento às gerações que pela Escola têm passado. Gritaram um "basta" e lutam afincadamente por um futuro melhor.

Há 6 anos e meio de trabalho prestado todos os dias, que a Tutela recusa liminarmente contar, não só para a progressão na carreira, mas e, também, para a reforma que há-de chegar. Grassa um descontentamento generalizado em matérias tão fulcrais como sejam a vinculação, a deslocação, a remuneração, a burocratização constante da profisssão, o facilitismo exponencial em que de ano para ano, se vai degradando a qualidade do Ensino, se vai minando por dentro e por fora, todo um alicerce absolutamente essencial, para o crescimento em capacidades e qualificações dos que estão agora a chegar à vida.

O Ministro João Costa "ameaça" todos os Profissionais da Educação ( Professores, Auxiliares, Técnicos, Psicólogos, Especialistas em Educação Especial...) com a imposição de serviços mínimos. Mas, o que são Serviços Mínimos na Educação? Sim, expliquem-nos lá que raio de manigância é que se preparam para implementar?

Segundo informação de um dos Sindicatos (S.T.O.P.) preparam-se para:

Os Professores terão que leccionar 3 tempos lectivos/dia;

Os Professores do Ensino Especial terão que acompanhar os alunos que desse acompanhamento precisem, a tempo inteiro;

Os Técnicos/as Operacionais de portaria, de cantina, de ginásio, dos corredores, enfim, TODOS, terão que estar a tempo inteiro (há refeições para preparar, salas para limpar, casas de banho para higienizar e corredores para passar a pano)

Ficamo-nos por aqui, embora haja outros Técnicos como Psicólogos, Informáticos e por aí adiante, que terão, igualmente, de marcar a sua presença.

Enfim, sendo o Direito à Greve uma conquista da Democracia, quer-nos parecer que aquilo que o sr. Ministro se prepara para implementar, caso os Professores e todos os restantes profissionais do Ensino continuem a manifestar a sua indignação, face à inacção dos sucessivos Governos desde há décadas, não passa de um atentado à Democracia, não é mais do que um mero acto de um qualquer regime ditatorial ou autocrático. Como pode sequer atrever-se este Ministro a manifestar tais intenções??? Se o Tribunal Arbitral lhe vier a dar respaldo, estará aberto, infelizmente, o caminho para uma das manchas mais negras da nossa vida colectiva!