27 agosto, 2022

Bento Rodrigues, onde andas?...

Bento Rodrigues, jornalista e pivôt da SIC desde há muitos anos, Homem de uma postura irrepreensível e dono de uma forma de dizer e de silenciar absolutamente inigualável. É um profissional de primeira linha, pertence à nata do que de melhor temos em Portugal. Tenho que o admitir por achar que este profissional, - que me perdoem todos os outros consagrados - é, o tal, o melhor deles todos pela forma como diz o que vai pelo mundo e, pelo "culto dos silêncios", pela sonoridade mais ou menos arrastada, mais ou menos sincopada, que emprestam aquela nota de fina ironia, aquele tom de calma e acirrada censura, aquele grito dito devagar, silencioso, mas que assim mesmo, deixa uma mensagem, a mensagem que tem que ser dita e, que não é possível dizer, senão daquela forma brilhante, arguta e sagaz como só... Bento Rodrigues sabe fazer.

Pois bem, ou se calhar, não tão bem quanto isso: O que é feito de Bento Rodrigues que está práticamente "desaparecido" dos écrãs televisivos desde há cerca de 2 meses? Que é feito deste grande, deste enorme e talentoso jornalista Português que não aparece, cujas notícias nos não dão qualquer pista, cujo canal televisivo de que ele faz parte integrante e importante nada adianta? Que é feito do Homem?

Qualquer que seja o motivo do seu afastamento, a sua ausência é por demais notada para que todo o mundo - desde amigos, colegas e outros profissionais da área, ou ao público anónimo onde me inclúo - se mantenham neste ruidoso mutismo. Daqui se lhe augura o melhor da vida, sendo que este melhor passa necessáriamente, pela saúde. Boa saúde e longa vida, são os votos meus e de uma avalanche de outros Portugueses, que desejam o seu regresso.

Máscaras a rarear

 As máscaras de protecção facial que nos têm acompanhado nos últimos tempos, e que certamente, ajudaram a evitar novas infecções às dezenas, senão às centenas de milhar, acabam de caír por ordem de quem manda nos nossos destinos, em transportes públicos e farmácias.

Não querendo meter a foice em seara alheia, que destas matérias quem sabe são os políticos e não a Direcção Geral de Saúde(!), parece, no entanto, demasiado estapafúrdio fazê-las cessar às portas de Setembro, ou seja, quando caminhamos a passos largos para o Outono. A pergunta que nos assoma aos teledendritos é, se assim o pensavam, por que não encetaram o processo no início do Verão? É que fazê-lo agora parece no mínimo ridículo, quando na última semana tivemos cerca de 19.300 novos casos. E, isto circunscreve-se aos casos oficialmente conhecidos... E os outros, os assintomáticos que por aí andam a contaminar todos aqueles com que convivam mais estreitamente? Quantos mais serão? Qual será a realidade nua e crua?

No que me concerne, pensem o que quiserem, façam como entenderem, decretem o que vos der na real gana, que eu vou continuar a usar máscara sempre que entender que a minha saúde e a dos outros pode estar em perigo.