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11 junho, 2015

Sejamos sérios

Os últimos dias têm sido verdadeiramente espantosos, se quisermos olhar para a realidade interna deste rectângulo à beira mar plantado.

Nos futebóis, "Jasus" atravessou a estrada e mudou-se para o arqui-rival da 2ª. Circular. Depois de meia dúzia de anos mais ou menos frutuosos à frente dos destinos do ninho da águia, eis que troca tal conforto pela arrevesada toca do leão, onde impera um senhor de mau-feitio daqueles de se lhe tirar o chapéu. Creio que a equipa leonina doravante, vai passar a ter em lugar dos habituais derbies com os adversários do costume, uma nova nuance que fará as delícias dos jornais e revistas da especialidade, ou seja, os empolgantes Sporting-Sporting, que em vez das quatro linhas terão como cena de jogo, os balneários e corredores de acesso, onde se assistirá a alguns impropérios trocados entre dois galos que não caberão no mesmo poleiro. Aquela história do "limpinho, limpinho" entre Jesus e Bruno de Carvalho terá outros episódios.

Sócrates quis encostar a Justiça Portuguesa às cordas, jogou forte, pôs todas as cartas na mesma côr e número, apostou que a sua triunfal saída seria em data festiva - nada mais, nada menos que o 10 de Junho -, mas não contou que o Procurador Rosado Teixeira se aborrecesse com tanta esquisitice da parte do arguido, e dessa forma, toda a sua encenação foi por água abaixo. Oh, que pêna!...

A TAP passou para as mãos do Brasileiro David Neeleman, detentor da "Azul". Diz-se que por 350 ME mais a assumpção da dívida que ascende a cerca de 2.000 ME. Não sei se é bom ou menos bom, se comparado com o Colombiano German Eframovic, mas uma coisa é certa: Por muito que nos custe perder a nossa Companhia de Bandeira, não é possível continuar a amontoar prejuízos anuais de milhões de euros, sem nada fazer. Lamento, mas acho que não havia outra saída!

Já nada tem a ver com os futebóis, embora dele imane e como tal, não há como fazer o corte umbilical. Tem a ver com as cifras envolvidas na contratação de treinadores e jogadores de tal mister e se tornar absolutamente ofensivo, insultuoso, obsceno, ou até, insuportável de admitir num país onde campeia a fome de crianças, mulheres e idosos, onde o desemprego está em níveis nunca vistos, onde vidas desgraçadas se entrecruzam connosco todos os dias numa qualquer rua das nossas cidades. Como é possível pagar milhões de euros em salário anual a uns quantos, quanto a entidade pagadora, o patrão, está crivado de dívidas, por exemplo, à Segurança Social e ao Fisco? Porque não se executam essas dívidas primeiro, porque se não proibem esses desmandos, essas loucuras de meia dúzia de lunáticos, de pseudo grandes senhores?
Confesso não entender estes dois pesos, estas duas medidas. Se um chefe de família, com mulher e filhos a cargo perder o seu emprego, é uma questão de tempo: vai perder a sua casa e acabam todos a viver na miséria.

Para quando lisura de processos para todos, mas mesmo todos, sem excepções? Para quando igualdade absoluta nos deveres e nos direitos?...