16 janeiro, 2021

Obrigado a todos vós!

Médicos, 

Enfermeiros, 

Polícias, 

Lixeiros, 

Técnicos de Diagnóstico e Análises, 

Trabalhadores dos Hipers, 

Bombeiros, 

Agentes das Funerárias, 

Transportadores dos mais diversos bens, 

Jornalistas, 

Professores, 

Trabalhadores das escolas não docentes, 

Trabalhadores de Transportes Públicos... 

E, todos aqueles que, porventura, não mencionei...

Muito obrigado! Muito e muito obrigado pelo vosso esforço, pelo vosso trabalho, pela vossa dedicação, pelo vossa coragem na defesa de todos nós!


Caos já cá está

O Impossível chegou cá, está a acontecer nas Urgências dos nossos hospitais.

No hospital de Torres Vedras, bem como, no de Santa Maria, em Lisboa, aconteceu o impensável nas respectivas urgências, onde várias ambulâncias aguardaram em fila com os doentes no seu interior, durante várias horas. Mesmo cenário aconteceu no Hospital dos Covões, em Coimbra. 

A falta de resposta dos recursos humanos de cada uma das unidades por contraponto com o número alargado de emergências sanitárias, gera este ponto de cisão entre quem presta cuidados de saúde e quem deles carece desesperadamente. O sistema já não aguenta muito mais. O sistema é finito e não elástico, chega a um ponto em que se dá a ruptura inevitável, e aí chegados, as mortes sucedem-se em catadupa.

As morgues estão repletas de urnas. Os funerais estão em lista de espera. Os crematórios já não suportam tamanha demanda e os corpos são mantidos em câmara frogorífica. O Santa Maria receberá no início da próxima semana dois contentores com capacidade frigorada, para neles albergar cadáveres...

Nesta espécie de confinamento atolambado, em que tanta gente pode ainda tanta coisa, vai haver tanta asneira, mas, mesmo tanta asneira!...

Meus Deus, ao que chegamos! Que mais está ainda para vir?