24 abril, 2023

Ucrânia - e a dôr continua

Todos os dias, mesmo naqueles em que dela não falamos, por que  não queremos, por que achamos não ter o direito de a tornar banal, quando todos sabemos o quão violenta, quão brutal, quão bestial, quão horrenda é a dôr de todos aqueles que todos os dias estão sob uma saraivada de obuses, de rockets, de mísseis que tudo destroem, que tudo arrasam, que tantos matam... É isso, é demasiado dolorosa, é por demais sanguinária a luta que todos os dias se trava em território Ucraniano, só porque sim, só porque um louco depravado se acha com direito a tomar de assalto e a qualquer preço, o território de uma Nação independente e soberana, à luz do direito internacional.

Não concebo quem preconiza que a paz nesta guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia, possa vir a ser alcançada por uma mesa de conversações com negociadores diplomáticos de, não importa, que quadrantes com vista ao restabelecimento daquilo que todos ambicionamos. Não, não se negoceia a paz com quem nos invadiu a casa, com quem nos roubou a vida de entes queridos, com quem ainda está naquilo que é nosso ameaçando-nos com uma arma e dizendo-nos: "só te resta ficar de joelhos"! Como é possível negociar, fazer acordos, estabelecer compromissos com quem nos rouba, com quem nos mata, com quem nos maltrata, com quem nos quer tirar não só o telhado, mas também o chão?

Zelensky tem razão. os Estados Unidos têm razão. A Europa tem razão. O Mundo livre tem razão. A paz na Ucrânia só se conseguirá quando o último soldado, o último tanque, o último carro de combate russo estiver na fronteira Russa. É lá que pertencem, ide pois para a vossa terra, que a seguir falar-se-á de paz!

CR7 a mirrar...

Cristiano Ronaldo foi nas duas últimas décadas o expoente máximo do desporto mundial, a par de Lionel Messi, esse incontornável adversário que fez, também ele um trajecto fulgurante.

Como acontece a todos nesta vida, os anos passam inexorávelmente, e com essa passagem o corpo e as potencialidades físicas entram em declínio. Natural, nada de mais natural se nos mantivermos humildemente, na condição de humanos e nada mais do que isso...

CR7 tem vindo a dar indícios de que a sua curva descendente já aí está e, ao que parece, não está a saber lidar com isso. Vem isto a propósito, da sua última atitude pública por terras da Arábia Saudita, que lhe está a merecer duras críticas por não se coadunar, mínimamente, com a fama granjeada ao longo de toda uma carreira eivada de êxitos, títulos e o estabelecimento de novos recordes no desporto rei. Apalpar ostensivamente os genitais, quando os adeptos do clube adversário gritaram o nome do eterno rival Messi, não foi e não é algo de que Cristiano Ronaldo se possa vir a orgulhar, nem hoje, nem nunca.

Assim caem do pedestal aqueles que algures no tempo se acham, ou acharam Deuses, mas que, como se comprova, jamais passaram de meros ídolos... com pés de barro. E, como sabemos, raros são os ídolos que, sabendo sê-lo, ficam por direito próprio com lugar cativo na história.