08 setembro, 2011

Medalha de Cortiça

Triste história aquela que hoje nos foi mostrada pela SIC no noticiário das 13 horas e que se conta em duas penadas: - Um professor com 25 anos de trabalho, sempre efectuados em "regime de contratado", avaliado há dois anos por uma colega, que lhe atribuiu uma determinada nota de avaliação, foi "obrigado" a aceitar que a sua classificação fosse diminuída, em virtude da Escola, devido ao "regime de quotas", ter já completado o número de "docentes que cabiam dentro da classificação de Muito Bom". Nesta condicionante, prejudicaram-no gravemente, baixando-lhe a nota de forma a caber no patamar "Bom". Depois de todas estas peripécias rocambolescas e dignas de um qualquer filme Hitchcokiano, o professor não foi colocado, engrossa a lista dos 37.000 "ao Deus Dará...", e aos 51 anos de idade e sem outro qualquer meio de subsistência, vai solicitar o subsídio de desemprego... Depois de 25 anos a trabalhar na docência, grite-se um sonoro: "VIVA ESTA MERDA!"

Via Verde e Pórticos de Scut

As Scuts e os seus famigerados pórticos, "comedores insaciáveis" da nossa carteira, são uma aberração do anterior executivo - que os engendrou -, mas, que o actual mantém alegremente, uma vez que não é a este que cabe o ónus da sua instalação. O sistema de cobrança dos vários lanços entre os diferentes monstros é uma pessegada insuportável, já que das duas uma: ou se leva um passageiro de máquina de calcular na mão a somar as várias verbas que nos vão sendo anunciadas, ou se chega ao fim da viagem sem se saber quanto se gastou em portagens.

Tenho Identificador de Via Verde desde há muitos anos. Faz-me uma confusão danada receber tarde e a más horas (por vezes, dois meses após), o extracto das minhas passagens subdividido em vários montantes (custos entre pórticos) quando, por exemplo, a minha viagem foi só uma: do Porto a Viana do Castelo!


Saúde, tenham lá cuidado!

O Governo na esteira do que tem vindo a fazer desde que tomou posse, entrou em cena uma vez mais, para anunciar cortes draconianos na saúde dos portugueses. Desta vez, vai cortar na comparticipação de vacinas importantes, tais como as da Hepatite B, ou Colo do Útero, por exemplo, assim como vai suspender a distribuição gratuita da pílula anti-concepcional às mulheres. São medidas altamente lesivas do bem-estar e saúde da população.

É óbvio que há que cortar. É sabido que há que poupar. É um facto que é preciso suspender "a hemorragia" da máquina pública. Mas, a saúde, a saúde meus Senhores, deveria ser sagrada, intocável no que toca aos cuidados a prestar à população!... Parem-se os esbanjamentos, parem-se os desperdícios, parem-se as mordomias de alguns, mas não abandonem "as gentes", nomeadamente os idosos, as crianças e as mulheres em idade fértil. É que, a factura pode ser demasiado pesada!...