17 outubro, 2015

Todos iguais, p.f.!

O homem está livre!

Depois de Évora, em condomínio fechado, surgiu Lisboa com vivenda requintada e piscina coberta, por detrás da fachada de um prédio dito, vulgar de lineu. Eis senão que, a partir de agora e conhecendo, como a maioria, do que aquela cabeça é capaz, penso que o Palácio da Pêna, em Sintra, ou, quem sabe, o Museu dos Coches, se possam tornar os novos alvos do nosso homem. É que ele não faz por menos: com aquela mania de grandezas, tem que ser sempre em grande!

Depois de tanto burburinho mediático, de tanto ruído feito por uma minoria de portugueses, dita de grande influência junto do poder instalado, de tamanha campanha gerada pelos seus defensores, onde estes não evitaram o insulto e a agressão verbal a todo o instante - talvez por acharem que tinham as costas quentes -, eis que, finalmente, o cidadão está sem arreata. Abro aqui um parêntesis para lembrar todos os outros, que em situação análoga, não têm os holofotes da ribalta em cima, ninguém quer saber deles para nada e, como tal, estão para ali a aguardar, pacientemente, que chegue a sua vez.

Claro que este cidadão não é um qualquer. É um tipo que come todos os dias em restaurantes de luxo, viaja para todos os destinos em executiva, compra casas de preço milionário com uns trocados do amigo, quando preso utiliza o telefone do director da cadeia para mandar uns recados cá para fora, que recusou saír da clausura por não permitir lhe fosse colocada pulseira de vigilância electrónica, enfim, isto é um gajo do catano, pá!...

Estou a ficar algo preocupado, tenho que admitir: uma amiga dizia-me há dias que "ainda vamos ter que lhe pagar uma indemnização". Pois, não querem lá saber que começo a temer que tal possa vir a acontecer...

Mais do mesmo

Que pouca vergonha!

Infelizmente, existem vários Adjuntos e Chefes de Gabinete de Ministros, em que os titulares foram exonerados poucos dias antes das eleições, tendo sido posteriormente nomeados para se instalarem na "coisa pública", a tempo inteiro, em lugares de poder permanente e com contratos de entre 3 a 4 anos. Estes cavalheiros não estiveram sujeitos a um qualquer concurso de admissão, não estiveram sujeitos a avaliação e escalonamento numa qualquer lista de colocação, como acontece com tantos outros milhares de cidadãos portugueses. Não, estes cavalheiros fazem parte do tacho político, pertencem ao nacional amiguismo, integram grupos de influências onde tudo se pode, tudo se consegue, sem qualquer pudor, sem um mínimo de vergonha.

Desgraçadamente, já nos fomos habituando a que, qualquer que seja a côr da governação, estes episódios são recorrentes e não há quem os trave de uma vez por todas.