22 janeiro, 2014

Menino desaparecido na Madeira

O menino de 18 meses que, no Domingo, desapareceu numa freguesia, da Ilha da Madeira foi encontrado hoje de manhã, e, aparentemente, encontra-se bem.

Desapareceu estando na casa dos Padrinhos e aparece agora, junto à casa dos Pais, que dista da primeira alguns quilómetros. Não é viável acreditar que os seus 18 meses de vida pudessem fazer a caminhada, nem tampouco, que tivesse orientação para reencontrar a sua própria casa.

No meio da bruma que este desaparecimento com final feliz levantou, registe-se a suspensão das buscas por parte das autoridades competentes 24 horas após se terem iniciado. Que diferença tão abissal esta entre crianças desaparecidas, só que de nacionalidades diferentes... Recordam-se?

"Carenciado" com estilo

Há uns tempos atrás passei por uma figura que se tornou carismática na minha mente, pois sempre que o revejo, não consigo deixar de sorrir. A "coisa" conta-se numa penada:

Grande superfície. Estacionamento em piso inferior. Corredor de acesso ao piso mais elevado de inclinação suave. Num dos recantos, um Homem de barba hirsuta, cabelo algo rebelde, vestes frágeis e muito usadas e a seu lado, um cão de olhos tristes, vazios. Tão vazios quanto os do dono. Por já me ter cruzado com eles mais que uma vez, sei que o humor tem muito a ver com o homem e, por tabela, com o seu cão. Se bem disposto, aborda as pessoas com um sorriso mais ou menos gaiato; se mal disposto, encerra-se em si mesmo, sentado no chão, sempre com o fiel companheiro ao lado.

Num dia de "aparente boa disposição" abordou-nos, e solícitos, procuramos nos bolsos, alguns trocados para lhe deixar. Quando constatamos que só tínhamos moedas pretas, ou seja, de 5 cêntimos para baixo, algo constrangidos, pedimos desculpa por aquilo que podíamos dar, por ser tão pouco, pela meia dúzia de moedas menores. O Homem, no melhor dos seus sorrisos e do alto da sua estatura retorquiu: "Deixem lá, fica para a próxima!"...

"Sentido de missão"

Ainda e sempre o tal cavalheiro, o do boné ridículo em feiras agrárias, o da pose 'snob' e afectada se sentado no Parlamento, o dos 'submarinos' e suas contra-partidas que se não viram, o do sorriso lambido a ferrar o beiço quando entra com ar impante e triunfal numa qualquer actividade pública. Sim, ainda o tal, por não ter um mínimo de sensatez moral, por não ter um pingo de vergonha quando em Julho 2013 despoletou uma crise política de contornos graves que nos custou milhões de euros, e que agora, do alto do seu púlpito no Congresso do CDS, afirmou que o fez, sim senhor, que desencadeou essa crise por ter "sentido de missão"... Que desfaçatez, que despudor, que falta de sentido ético para com os desempregados, para com os pensionistas, para com as pessoas em grave carência económica, para com todos aqueles que, todos os dias, têm fome.

Este senhor deveria ser erradicado das lides governativas deste País. Não é digno da nossa confiança!