31 outubro, 2009

Gripe A - o caricato!...

Na Noruega, o país mais rico do mundo, com níveis de protecção aos seus cidadãos, quer na saúde, quer na segurança social absolutamente invejáveis, o governo adquiriu vacinas contra a Gripe A para todos os seus habitantes.

Como por cá, criaram-se listas de prioridades, sendo que a vacina será aplicada primeiramente, consoante os critérios estabelecidos no que concerne aos grupos de risco. Por exemplo, as grávidas pertencem ao primeiro grupo de risco.

Ao que parece, há filas de espera que dão para esperar horas a fio. Vai daí que, lá como cá, apareceram de imediato as pseudo-grávidas, na tentativa de ganhar posições trapaceando os outros. Também uma equipa de hóquei sobre o gelo conseguiu ser vacinada, 'saltando' grupos prioritários.

Mas o mais caricato de todos os exemplos, é o que aconteceu no hospital duma pequena cidade a 25 Kms. da capital Norueguesa. Os 19 membros da administração do hospital local, autovacinaram-se uns aos outros com vacinas que desviaram do primeiro lote destinado a grupos de risco.

Noruegueses: Ricos. Supostamente educados. Com qualidade de vida. Com segurança e estabilidade. Ao fim e ao cabo, tão iguais às tribos africanas, cujos membros se aniquilam uns aos outros.

Jogos...de influência e do poder!


Poderosos, políticos - ricos e influentes, é preciso "metê-los na linha"...


A Manuel Godinho, empresário da área da reciclagem de sucatas, foi aplicada a medida coerciva de "prisão preventiva". Está preso. Está fechado e não faz mais mal a ninguém até ser julgado por um Juiz.

A operação "face oculta" liderada pela PJ de Aveiro, chega à conclusão que Godinho é a cabeça do polvo, cujos tentáculos se estendem a gestores do PS, nomeadamente, Armando Vara, Artur e Paulo Penedos, entre tantos outros.

Esperemos que a justiça portuguesa prenda mais gente. É que não basta aprisionar e fazer pagar pelos crimes contra nós todos, "o cabeça de turco", o tipo de menor valor acrescentado, o tal, o corruptor. É necessário pôr também atrás das grades, os corrompidos, os que receberam favores e presentes que passam, desde avultadas somas de dinheiro, até carros de luxo que custam 280.000 euros.

Esperemos que, desta vez e doravante, não se volte a repetir aquilo que nos tem sido oferecido de forma despudorada:
Casa Pia - Bibi!
Caso BPN - Oliveira e Costa!
"Face oculta" - o rei da sucata, Manuel Godinho!

Então, e os outros?!

Justiça, que injusta!



caracol e justiça, ambos ao 'ralenti'

Soubemos hoje que uma escritora publicou um livro de pequenos "contos", pequenas "historietas", grandes "anedotas", dessa outra, que dá pelo nome de Justiça Portuguesa. Segundo consta, a autora retrata na obra episódios verdadeiramente aberrantes, que todos os dias acontecem nos tribunais portugueses

À luz da ribalta e à laia de exemplo, dois acontecimentos tratados hoje na comunicação social e que são tão elucidativos do anedotário da nossa justiça:

1 - Um advogado carrega para um tribunal (onde? é irrelevante!) uma fotocopiadora. Descarrega-a num corredor acanhado, de passagem, em pleno tribunal. Leva resmas de papel e um funcionário do seu escritório. Espera que lhe não cobrem as fotocópias já que todos os custos são suportados por si. Admite, contudo, que o tribunal lhe debite custos de electricidade. Isto tudo, porque o tribunal não lhe concede condições para consultar um processo de um seu constituinte. Ridículo e aberrante, no mínimo.

2 - Uma cidadã leva a tribunal uma outra. O caso em litígio é a "apropriação indevida" de um gato, pertença da primeira. Dispenso deste comentário os detalhes do embuste por "demasiado pequenos".
O tribunal, um juíz, dois advogados, um procurador, vários jornalistas..., assim se esgotou uma tarde inteira, com custos pesados para o país que somos. Com tanto crime, contra idosos, crianças, mulheres cujas "vidas se encontram adiadas" há quatro, cinco, dez, uma dúzia de anos à espera que a justiça se faça... O gato gerou um conflito, é importante pela companhia, pelo esvaziar da solidão, pela ternura que pode gerar, mas...e a vida, as vidas das pessoas?

São só dois casos..., estranhos e tortuosos do percurso da nossa justiça...