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03 dezembro, 2023

A Escola, esse "parente" pobre...

A Escola é fonte de saber, é mina do conhecimento, mas, é também alpendre onde se acoitam tantas carências...

A Escola tem que ser, ou devia ser, Inclusa e Inclusiva. Isto é, qualquer que seja a procedência, qualquer que seja o extracto social, qualquer que seja a côr da pele, qualquer que seja o credo religioso, qualquer que seja a deficiência fisica ou psico-motora, a Escola é, e sempre será, o primeiro bastião, a primeira pedra na construção e constituíção de cada um dos seus alunos, como alicerce do seu amanhã, do seu futuro próximo. Mas, a Escola não está a ser nada disso!

A Escola está a transformar-se, gradualmente e por cada ano que passa, numa outra coisa. A Escola alberga dentro de si própria, uma nova filosofia, um novo conceito, cujas coordenadas vêm de cima, do poder instituído, em suma, do poder político.

À Escola tudo se pede, tudo se exige e tudo se restringe, porque a Escola não tem Professores, a Escola não tem Funcionários em número suficiente, a Escola não tem Psicólogos, a Escola não tem Professores do Ensino Especial, a Escola não tem edifícios condignos, a Escola não tem meios informáticos como computadores e projectores, como se exige nesta era da digitalização. A Escola, em muitos casos, não tem sequer, pavilhão de Ginástica; a Escola tem, isso sim, em tantos outros casos, tectos por onde entra a água da chuva, tem janelas que não vedam o frio no Inverno, tem pavimentos degradados, tem cantinas obsoletas e ultrapassadas no tempo...

E, depois, temos uma Governação, qualquer que seja a côr dominante em S. Bento, que está sómente preocupada com as percentagens de sucesso a transmitir ao nosso Instituto Nacional de Estatística, que por sua vez, as fará chegar à O.C.D.E. de forma a ficarmos bem na fotografia. Cada chumbo, cada criança que repete o ano, custava há dois anos cerca de 5.500 euros/ano ao Estado, daí a instrução do Ministério que tutela a área da Educação, no sentido de agilizar, de facilitar, de deitar para trás das costas tudo o que seja exigência dos saberes, provas efectivas de tais saberes, regras quanto ao mérito, quanto à disciplina, quanto à educação cívica, quanto à postura comportamental, quer seja na vertente individual, quer seja na vertente colectiva.

Tudo se esboroa desta forma capciosa. Tudo se altera, tudo se muda, tudo se garante, tudo se dá por ganho, quando nada está garantido, nada está sólidamente conquistado, bem longe disso. Grita-se aos sete ventos que temos estado a produzir a geração mais qualificada, mais apetrechada em conhecimento, em competências, em especialização. Desenganem-se!!! Extraíndo do todo da nossa camada estudantil, talvez uns lisongeiros 20%, crê-se que os restantes são de uma ignorância que até dói, que é absolutamente confrangedora. Não sabem escrever um parágrafo inteiro sem cometer erros ortográficos, não sabem classificar uma oração em contexto gramatical. Desconhecem em absoluto os mínimos da nossa História de nove séculos, não fazem ideia de quantos rios correm em Portugal, de qual a altitude da mais alta serra do nosso território. Tirando-lhes as redes sociais e a muita apetência por meios electrónicos, são incapazes de, mentalmente, fazer uma multiplicação simples sem uma calculadora por perto...

Como se não chegasse todo este cenário quase Dantesco, há que acrescentar a Casa, ou melhor dito, a ausência da mesma. Pais e Avós, numa esmagadora maioria, há já algum tempo que se demitiram da sua mais elementar obrigação, como seja: educar, orientar, dialogar, respeitar e dar-se ao respeito, gerir e forçar a criação de regras, de disciplina, de ensinar a humildade quando disso fôr caso e estimular a auto-estima no bom sentido, visando a evolução e o desenvolvimento físico, mental e psicológico do jovem em crescimento. Mas, os corredores das nas nossas Escolas têm muito pouco disto! Tirando 3 ou 4 pérolas que possam existir numa turma de, digamos 23-25 alunos, o resto são pequenos delinquentes, são precocemente, marginais em potência, que quando em grupo, assumem laivos de uma força física que, fácilmente, pode descambar para a asneira e para a desgraça.

João Costa, o ainda Ministro da Educação (até quando?) vai assobiando para o lado, como que a tentar ignorar, a passar ao lado, duma realidade que já está instalada na nossa Escola, principalmente, nas três ou quatro grandes urbes do nosso País, aquelas onde o número de bairros sociais e de Famílias carenciadas e desustruturadas é mais visível e mais real. Nestes casos, a Escola e uma sala de aula, ou um corredor da mesma, são já locais de massiva grosseria, de má educação, de insulto gratuíto em altos berros, de "bullying", deles para com eles e deles para com Funcionárias e Professores, que são escassos para as necessidades e não podem, portanto, assegurar que a Escola seja um local de transmissão de conhecimento sim, mas, e também, de harmonia, de respeito e de cultura cívica, como deveria ser.

Os Professores estão esgotados. O Pessoal Auxiliar, manifestamente insuficiente, está esgotado. Os Professores consomem a maior parte do seu tempo de vida docente, preenchendo grelhas avaliativas, lendo normas e decretos lei que as Direcções lhes encaminham por e-mail em catadupa, elaborando testes avaliativos, quer escritos, quer auditivos (falando no caso das Línguas), fazendo a sua posterior correcção. Os Professores recebem Pais ou Encarregados de Educação quando são "bafejados" com uma direcção de Turma, prestando esclarecimentos sobre aproveitamento escolar, sobre postura comportamental, encaminhando para a "CPCJ" (Comissão de Protecção de Crianças e Jovens), quando, desgraçadamente, a casa desustruturada conduz a que seja o Professor a sinalizar o/a menor perante as autoridades e a Segurança Social. Enfim, o calvário de todos os dias, de todas as semanas, de todos os meses e de todos os anos, leva a uma exaustão emocional, física e psiquica que deixa todos os Profissionais que trabalham nas quatro paredes de uma Escola, bem perto de um ataque de nervos, de uma depressão contínua e de um estado de manifesta infelicidade permanente...

Para culminar, acrescentar tão só, o quão útil seria para o futuro e para a segurança de todos, que a Tutela ousasse instalar câmaras de vigilância dentro das salas de aula, de forma a estancar, enquanto é tempo, esses rios de indisciplina, de total ausência de regras, de total desresponsabilização dos prevaricadores, que acham que tudo podem, que não aceitam um "NÂO" em caso algum, que usam a arrogância e o desrespeito como arma do dia-a-dia, logo agora que estamos a receber jovens de várias latitudes, de vários credos, de várias culturas, gerando um caldo multi-rácico que pode revelar-se um caldeirão fumegante e altamente perigoso dentro da próxima meia dúzia de anos. Pensem nisso senhores do poder, mas pensem rápido, pois sois demasiado permissivos e pactuantes com todos aqueles que precisam ser energicamente travados, antes que venhamos a lamentar algo de irremediável e sem regresso!!!



17 maio, 2023

João Costa é um empecilho

O Ministro da Educação, João Costa esteve mais uma vez reunido com as estruturas sindicais que representam os Professores e, também o Pessoal não Docente. Debalde! Nada acontece de significativo que possa alterar este abominável estado em que se encontra a Educação em Portugal. O homem fala, fala e volta a falar para dizer, em suma, aquilo que anda a dizer desde há largos meses, isto é: NADA!

Mário Nogueira, depois de mais de duas horas a chover no molhado e sem nada de palpável no horizonte, abandonou a reunião, alegando à saída que o que se tinha passado lá dentro "é um nojo!"...

João Costa deveria ponderar se ainda acha que mantém condições para exercer a sua função, face aos sucessivos fracassos em que o seu Ministério tem estado atolado. É que dá a nítida sensação que ele deixou de fazer parte da solução, tendo-se tornado parte do problema, Para o bem de todos, que bom seria se tivesse a dignidade de resignar e dar o lugar a um outro alguém que tenha uma outra visão de futuro.

10 fevereiro, 2023

Educação - o que estão a fazer-te?!

João Costa, Ministro da Educação deste País - por quanto tempo mais?, continua a sua saga intolerante e beligerante não dando ouvidos às mais elementares demandas dos Professores e de todos os outros Profissionais da educação que, ao fim e ao cabo, são a Escola Pública, são o alicerce do País, são a essência do futuro quando carregam nos seus ombros a responsabilidade de formar, de habilitar, de qualificar, de prepararem para um amanhã que exista, todos aqueles que hoje estão nos bancos da escola.

Está na senda de uma outra sua antecessora que foi um autêntico marco, na forma como deu a sua machadada no sistema de ensino na Escola Pública Portuguesa. Esse especimen de má memória para tantos milhares de Professores e para, pelo menos, duas vagas geracionais de alunos que passaram, e estão a passar pelos destroços que aquela tão perniciosa senhora deixou no seu rasto, já tem um seguidor, já tem um discipulo, já tem quem lhe perpetue a sua tão maquievélica forma de pensar e de agir: de seu nome João Costa, está a trilhar a mesma vereda, está a fazer orelhas moucas e a deixar que o tempo, esse inexorável factor de desgaste, através do seu lento escoamento, façam crescer junto da opinião pública uma qualquer má vontade contra a classe dos Professores e todos os outros Profissionais que estão dentro das mesmas quatro paredes do edifício escolar.

As questões ditas nucleares, como sejam a contagem do tempo de serviço congelado em 6 anos, 6 meses e 23 dias, com as malfadadas consequências no que concerne à progressão na carreira, ao consequente aumento salarial e à não contagem daquele tempo para efeitos de aposentação, isto para já não falar de todo um universo de outras questões que estão em discussão, já seria por si só, motivo mais que suficiente para o mau estar que se vive e para a exigência feita por todos os Trabalhadores do sector.

Mas, não! O sr. Ministro manda o seu Secretário de Estado tratar de coisas menores, "oferecendo" muita parra e pouca uva. Amanhã, 11 do corrente, espera-se uma manifestação a correr pelas ruas de Lisboa, que seja capaz de reunir todos, mas todos, os Profissionais da Educação, bem como Pais e Alunos da Escola Pública Portuguesa, com o intuito de fazer perceber o sr. Ministro que a corda está demasiado tensa, que seria bom não continuar a esticá-la até ao impossível, já que se a mesma vier a partir-se, saíremos todos a perder. Mas, mesmo todos, percebeu sr. Ministro? E, para empobrecimento do Povo Português, já nos chega o que vamos sentindo dia-a-dia. Não precisamos de ficar mais pobres por antecipação, tendo como meta as próximas décadas que hão-de vir...

14 janeiro, 2023

S.T.O.P. que lição!

João Costa, Ministro da Educação é o problema, não a solução!

Se até aqui, tudo apontava para que o Professor André Pestana, o grande mentor e iniciador do S.T.O.P., Sindicato de Todos os Professores, entretanto, alargado a Sindicato de Todos os Profissionais da Educação, podia indiciar que o homem sendo um bravo, um lutador em prol da sua classe, poderia, eventualmente, ter o destino traçado, devido à falta de apoios e de solidariedade de todos os outros Sindidicatos, hoje foi um grande dia, hoje o homem venceu uma batalha gigantesca, tendo conseguido uma manifestação, em Lisboa, que reuniu larguíssimas dezenas de milhar de Pessoas...

Foram Professores, foram Auxiliares de Educação, foram Pais, foram Alunos, foram alguns Políticos que não deixaram de vir para a rua dar apoio a um Movimento que visa salvar a Escola Pública. Quanto aos representantes de outros renomados(?!) e, supostamente, influentes Sindicatos como a Fenprof e a FNE, representados por Mário Nogueira e João Dias da Silva, nem vê-los. Primaram pela ausência, estão como que desaparecidos em combate, não acreditaram que o pequenote jamais conseguisse arregimentar tantas e tantas pessoas vindas de todas as partes deste País. Logo agora, que tudo o que se pedia, e pede, era que todos membros da classe dessem as mãos porque todos juntos seriam mais fortes, nada! Aqueles senhores não se fizeram representar, não congregaram esforços a bem de uma causa comum. Enfim, atitudes pequeninas de gente pequenina.

Enquanto isto, João Costa, a exemplo de uma sua antecessora de má memória - Maria de Lurdes Rodrigues, lembram-se dela?, tenta dividir para reinar, lançando Pais contra Professores com argumentos tão falaciosos quanto decadentes por falta de credibilidade. Alguém acredita que uma cirurgiã, já no bloco cirúrgico, receba uma chamada da Escola dizendo-lhe para ir buscar a sua filha porque a Escola vai fechar? Ora, senhor Ministro, tenha vergonha, arrepie caminho e vá-se embora... para o bem de todos!

P.S.: link acima da autoria da MadreMedia/Lusa/Sapo. Dê uma olhada!