18 outubro, 2009

VCI e Futebol

O caos na VCI do Porto!

Ontem foi dia de futebol, um pouco por todo o nosso País.
Foi dia de festa para alguns clubes de menor dimensão, que receberam nos seus recintos, os clubes ditos "grandes". Ontem, foi dia de Taça de Portugal!

Claro que não foi menor a festa por um 'pequeno' ir de visita até um 'grande'. Vieram autocarros apinhados de apaniguados, pois não é todos os dias que, por exemplo, o Sertanense visita o estádio do Dragão, pertença do Fêquêpê.

Ora na VCI - Via de Cintura Interna - circula-se, 'abrandados' por radares, a 90 Kms/hora. Em dia de jogo de bola, as imediações do Dragão, mesmo ao lado da dita via, transformam-se num vasto parque de estacionamento de milhares de viaturas, cujos condutores não ligam patavina para os preceitos legais, para a proibição expressa de parar (quanto mais, estacionar!). Os seus condutores também "não enxergam" que numa via similar a uma auto estrada, é absolutamente proibida a circulação de peões nas faixas de rodagem. Enfim, aquilo a que ontem assisti, é um cenário da mais absoluta loucura, digno de um documentário cinematográfico, capaz de ganhar a "Palma de Ouro", em Cannes...

Eu já ali tinha visto carros aos milhares, o que para quem circula numa via rápida, se transforma em "paredes paradas" contra as quais nos podemos matar. Mas, o cenário apocalítico que ontem presenciei, (passei quando o jogo tinha terminado há um quarto de hora) de peões aos milhares, casais (ele e ela encavalitados nos 'rails' para passar de uma via para a outra), homens com crianças pela mão, gajos armados em "toureiros" de garraiada, a correr aos zig-zags atravessando as faixas. Foi tudo mau de mais, e... da polícia, nem sinais!!!
Também para aquela horda de "vândalos intelectuais" que assim atentam contra a própria vida, jamais haverá efectivos que cheguem.

Convenhamos: o futebol enlouquece. O homem, em ajuntamentos de 'massas', embrutece. A multidão é um Adamastor indomável. Que a Providência se amercie de todos; dos culpados e dos que não têm culpa nenhuma, porque se um dia destes alguém ali morre, então aí sim!, levantar-se-ão de imediato os arautos da verdade, que de tudo isto sabiam, mas, nada fazem para evitar a  desgraça.