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30 agosto, 2023

Morrer numa ambulância!?...

Continuamos a morrer, em pleno século XXI, desta forma estúpida e que nos envergonha até ao tutano, quando nos dizemos um País evoluído, pertencendo à Europa Ocidental, um País de ponta no que concerne aos cuidados assistenciais no nosso "SNS", mas, que afinal, não é tão de ponta quanto isso, já que nos vão acontecendo estas infelicidades que destroem vidas de famílias inteiras, e que nos levam para sempre aqueles a quem mais amávamos.

Referimo-nos à morte de mãe e bebé, ocorridas esta Segunda Feira, dentro de uma ambulância quando se dirigiam em urgência para o hospital de Guimarães. Tinham lá estado na véspera e nada de digno de registo lhes tinha sido diagnosticado, já que deram alta à senhora.

Quando regressa a esta unidade hospitalar no dia seguinte, ao que consta, foi transportada em estado de muita falta de ar, razão pela qual sucumbiu a bordo da ambulância, bem como o bebé que tinha no seu ventre. Como se entende uma tal situação, como é que na véspera não se aperceberam que havia ali uma falha sistémica grave e porque não ficaram com a senhora internada e sob observação? Que se passa com o nível assistencial a que estávamos habituados e que tem vindo a desabar como um castelo de cartas?

Agora, depois da funesta desgraça, nomeiam-se comissões de averiguação, fazem-se inquéritos e investigações mais ou menos profundas para se explicar aquilo que não deveria ter explicação. Enfim, tanto Ministro, tanto Director Executivo, tanto dinheiro para cima do Serviço Nacional de Saúde e, parece que vamos estando pior, cada vez pior, à medida que o tempo passa.

22 maio, 2023

Manuel Pizarro, vai continuar a sorrir?

São Hospitais, são Centros de Saúde, são Maternidades, são Serviços de Obstetrícia, de Ginecologia, de Pediatria, de Pedo-Psiquiatria, são Urgências hospitalares, são consultas e exames hospitalares, são listas de Cirurgia à distância de mais de 12 meses, são consultas de Especialidade a demorarem cerca de 3 anos - Cardiologia, na Guarda -, enfim, é o SNS a esboroar-se, a desfazer-se, a sucumbir.

Faltam Médicos. Faltam Enfermeiros. Faltam Técnicos de diagnóstico. E, faltam em Lisboa, como no Alentejo, como no Algarve, ou no interior deste País que somos. Já estamos naquela fase miserável de termos em certas zonas da nossa terra, assistência às Segundas, Terças e Quartas, que no resto da semana, as doenças, se aparecerem, enviamo-las por correio para a Sede do Ministério da Saúde. Lá temos um senhor de nome Pizarro, sempre sorridente, sempre a minimizar a desgraça alheia, sempre a prometer que no próximo semestre "é que vai ser!".

E,... desgraçadamente, morreu um bebé de 11 meses... Não havia Médico, a ambulância do INEM estava "inoperacional". E, os serviços(?), os burocratas da coisa levaram 6 (seis) horas, até chegarem à conclusão que havia que accionar um helicóptero daquela entidade. Seis horas, após ser declarado o estado grave daquele bebé... Isto não equivale a dizer que o desfecho trágico acontecido, não aconteceria se tivesse havido nível assistencial efectivo. Não! A criança poderia não resistir de igual forma, mas ficava-se com a certeza, que tudo o que humanamente havia para fazer, o tinha sido, efectivamente. Assim, não! Assim, subsistirá sempre a dúvida atroz se, em pleno século XXI, fizemos tudo o que podiamos e deviamos ter feito para salvar a vida daquele bebé.