30 junho, 2022

Putin, a morte personificada

Continuam a matar indiscriminadamente, continuam a ceifar vidas inocentes que nem sabem do porquê de todo o inferno que lhes está a acontecer. Maldita "Besta Russa", amaldiçoada máquina de guerra que tudo leva na frente, tudo destrói, tudo aniquila, tudo reduz a escombros e cinzas.

Desta vez, foi um Centro Comercial que desapareceu, que sucumbiu, sabe-se agora, a dois mísseis-bomba de 500 kgs cada, largados por caças da força aérea Russa.

Há muitas mortes a lamentar, há muitos bocados de gente apanhados nos destroços. Há muita lágrima para chorar por entes queridos que ali ficaram para todo o sempre. E vai haver um enormíssimo sentimento de revolta, naqueles que estando agora a crescer para a vida, vão passar o resto dela a quererem justiça pelos seus mortos e a exigirem a reposição de tudo aquilo que lhes tem sido roubado. Não vai ser fácil que as próximas duas gerações de Ucranianos ultrapassem todo o massacre, toda a miséria humana, toda a fome, toda a destruíção a que têm estado sujeitos.

A máquina Russa liderada por uma meia dúzia de loucos com Putin à cabeça, não dá mostras de parar de uma vez, aquilo que, na maioria dos casos, pode e deve ser considerado um autêntico genocídio.


26 junho, 2022

O que sou e para onde vou?...




Levanto-me de manhã e olho o dia à frente
Ainda nem sei o que farei, nem como vai correr
Lá vai o dia indolente, devagar, dormente
Levei às costas as horas, sem saber o que fazer.

Belisco-me atordoado, meio zonzo, ensonado,
Engulo o café, os cereais, estou em pé e pouco mais
Deambulo na cozinha e ouço na rádio uma qualquer mensagem
Que me gela, e me leva à pergunta: para onde vais?

Não. Eu prometo que por ali não volto a seguir,
Por aquela vereda, eu não me vou escapulir.
Assumo que vou ficar, doa a quem doer, eu ficarei.

Jamais foi minha intenção fugir; também não quis fingir,
Que não sendo aquilo que sempre quis ser, afinal, tenho que admitir.
O que fiz ou não fiz, certo ou errado?, fi-lo o melhor que sei!




Carlos Menezes


24 junho, 2022

Estados Unidos em semana negra

Os States, ou melhor dizendo, os Estados Unidos da América estão a viver uma das suas piores semanas desde há muitos e muitos anos.

Retrocesso! Esta é a palavra que, com grande impacto está a ribombar nas redações de todos os media mundiais. Depois que o Supremo Tribunal dos Estados Unidos numa mesma semana, tenha tomado duas medidas tão impactantes na vida de todos os dias, e de tantos milhões de cidadãos Norte Americanos, vai ser difícil encarar o futuro daquele tão grande país, sem que de imediato, se não tema que, doravante, a sociedade civil se não veja atirada para uma guerrilha interna em que uns estarão dum lado da barricada, e outros estarão do outro. Depois da Lei das Armas, eis que vieram a terreiro arrasar o direito das Mulheres em abortar, direito que as Mulheres tinham desde há cinquenta anos.

O País sofrerá uma cisão social que o partirá em dois: os apoiantes dos republicanos de Trump e os democratas de Joe Biden. A sombra de Donald T. como que paira no ar ameaçando um regresso, que a verificar-se seria uma hecatombe. Mas, que não restem dúvidas: o que acaba de  acontecer "às mãos" do Supremo Tribunal tem a influência nefasta e perniciosa do malvado que mesmo tendo sido chutado, sonha no regresso triunfal ao lugar mais alto do poder. 

O futuro próximo no-lo dirá!

Manuela Ferreira Leite dixit

"...tenho uma vida agradável, mas se comparada com a dos Amorins, não passo de uma indigente"...

A senhora que dá titulo a este post fez a afirmação acima numa qualquer entrevista.

Como esta senhora está longe do País real, como ela se encontra numa qualquer estratosfera em que não enxerga minimamente o que se passa em solo pátrio. Como se compara olhando sempre e só para cima. E se olhasse para baixo, como e com quem é que esta senhora se compararia? Se se comparasse com os milhões de Portugueses que não ganham mais que o salário minimo e levam para casa, depois dos descontos, pouco mais que 630€. E com os reformados com pensões de 300 e 400€?

Ela não vê que do alto da sua indigência tem milhões de Portugueses com rendimentos de subsistência, que não vivem, antes sobrevivem. Que cegueira a desta e doutras quejandas personagens que enxameiam o nosso quotidiano. Que dó aparecerem nas notícias dos nossos meios de comunicação!

"...Miséria moral"

É um excerto de um comentário do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à morte da pequena e inocente Jéssica, de Setúbal. 

3 anitos de uma vida mal amada, de uma vida sofrida. 3 anitos de inocência, de um ser que não fez mal a ninguém e que não teve culpa de nascer.

Nas mãos(?) de um ser desprezível, de uma mulher que sendo avó, não passa de um mero monstro capaz do inimaginável, do indizível, para exercer pressão, chantagem sobre a Mãe da pequenita. 

A miséria não é só um estado de carência, de penúria grave dos mais elementares bens materiais à manutenção da vida. Não. A miséria, também pode manifestar-se desta forma. A ausência total de sentimentos, de emoções, de compaixão, este vazio total no coração e cabeça de um qualquer ser humano, tornam-no num ser perigoso para a Sociedade e que deve ser devidamenbte sinalizado antes que cometa uma qualquer atrocidade como, infelizmente, veio a ser o caso.

Viva o S. João!

Depois dos dois últimos anos em que se não celebrou o famoso S. João, do Porto, esta noite o Porto e o seu Povo saíram à rua. E brincaram. E dançaram. E comeram sardinha assada com pimentos. E celebraram como se não via desde há algum tempo, pelas razões sobejamente conhecidas.

Vamos ser optimistas e não pensar em cenários que possam tornar-se acinzentados. Vamos esperar que daí não advenham consequências menos agradáveis, que ninguém deseja... Esperemos, pois!...

Viva o S. João!

Lá longe, na Ucrânia...

Parece que tudo está a acontecer no outro canto da Europa. Parece lá longe. Parece impossível, ou pelo menos, pouco provável, que nos toque, que nos chegue. Mas, é mentira! Chega até nós, e de que maneira.

Chegam os relatos diários radiofónicos e televisivos. Chegam notícias de massacres, de valas comuns, de cadáveres pelas ruas. Chegam imagens de destruíção macissa, de hospitais, de escolas, de zonas habitacionais completamente destruídas. Não ficou, em muitos sítios, em muitas cidades, em muitas aldeias, não ficou pedra sobre pedra. O mundo une-se e lança embargos ao petróleo e gás Russos na mira de debilitar a sua máquina de guerra. Assim mesmo, Putin e a sua sanha conquistadora e imperialista não pára e a guerra não tem um fim à vista.

Com tal cenário, já de si catastrófico, o suficiente, para não serem precisos outros quesitos, eis que a Rússia lança mais uma acha para a fogueira ao impedir a saída por via marítima, dos muitos milhões de toneladas de cereais que se encontram em silos Ucranianos e que fazem falta ao mundo, para combater esse flagelo que é a fome de milhões e milhões de seres humanos.

A par das bombas, dos rockets, dos mísseis, dos bombardeamentos aéreos, da artilharia pesada dos tanques e carros de combate, eis que, a Rússia junta mais uma "arma" ao seu arsenal: Os cereais, o pão, a comida. Também pela fome Putin já tem o seu nome inscrito, infelizmente, pintalgado com as cores da morte, no compêndio da história que há-de chegar aos vindouros.

23 junho, 2022

Moldávia s.f.f.!

Pequeno País, cujas fronteiras estão coladas com a Rússia, tem sido nos últimos tempos, por motivos óbvios, bem mencionada nos nossos meios de comunicação social.

Em bom Português, daquele que o Camões glorificou para a eternidade, diz-se Moldávia, sendo que os seus naturais são Moldavos.

Em Inglês, o País lê-se e escreve-se: Moldova.

Agora, entendam-se lá de uma vez por todas, canais de televisão, jornais e jornalistas: quando tiverem que noticiar algo sobre aquele território por favor leiam o nome do País, tal e qual como se diz e como soa, ou seja, Moldávia. Usar, indiscriminadamente, Moldávia e Moldova dá um mau exemplo aos jovens e aos menos jovens. Ficam a matutar que, "pensar dá trabalho" e, como tal, usa-se aquilo que em dado momento veio à cabeça e ponto final. Haja critério e gosto naquilo que se faz quando se fala ou escreve em bom português. Por favor! 

19 junho, 2022

Rock in Rio a transbordar...

Vi imagens do concerto da Ivete Sangalo esta tarde. E fiquei abismado!

Tanta, tanta, mas tanta, tanta gente junta, aos milhares, às dezenas de milhar tudo junto, tudo empolgado, todo o mundo aos saltos, todo o mundo aos gritos com os braços no ar, gritando de entusiasmo, mas gritando para cima uns dos outros, lançando no ombro dos da frente milhares de aerossois, milhares de gotículas de saliva...

Os políticos sabem o que está a acontecer ali a toda a hora. A DGS sabe o que por ali vai a toda a hora. Os Médicos, os Enfermeiros, o Pessoal Hospitalar deve estar a arregalar os olhos de espanto e de temor, na expectativa que aquilo que se vê terá consequências. Obviamente!...

A Economia está em movimento. Não pode parar. Custe o que custar. Doa a quem doer. Morra quem tiver que morrer!

18 junho, 2022

Oposição errática e sem ideias

Vive-se por estes dias uma crise grave no sector da saúde. 

Há falta de médicos de algumas especialidades no seio do nosso "SNS"; nomeadamente, não temos Obstetras, Ginecologistas, Anestesistas, para só falarmos em algumas das especialidades com lacunas agudas, quanto à falta de Médicos Especialistas naquelas áreas.

À conta da escassez daqueles profissionais, ou por aposentação, ou porque migraram para Hospitais Privados por aí serem melhor remunerados, eis que se fecham Urgências Hospitalares por não assegurarem o número mínimo de profissionais para o desempenho de uma tarefa, que deve ser desenvolvida em equipa.

Os diversos Partidos cá do burgo engalfinham-se na Ministra da Saúde, exigindo tomadas de posição para resolução da problemática questão no mais curto espaço de tempo. Ou, na ausência da tal imediata assunção que resolva tão pungente questão, exige-se a sua demissão, por manifesta incapacidade em solver uma questão que a todos nós preocupa, é certo.

Pois..., está bem! Se não resolve, se não arranja uma solução para ontem, então, fora e toca a dar o lugar a outro. A Oposição cansa-nos com este tipo de comportamento. Esgota-nos com este marasmo, esta falta de ideias. Não há pachorra para os aturar quando daquelas cabeças nada mais brota senão: demita-se! não serve a contento, portanto, toca a andar! Que ausência de tudo. Até de um pingo de vergonha...

Não sendo filiado em qualquer Partido, nem tendo, hoje em dia, qualquer simpatia especial por este ou por aquele, tenho que admitir que a Ministra da Saúde Marta Temido tem feito uma longa travessia do deserto, tem calcorreado o caminho árduo das pedras ao longo dos dois últimos anos, para que se lhe possam atirar no rosto, sem mais nem menos, palavras menos encomiásticas. Sejamos dignos, sejamos verdadeiros. A Senhora pode não ter feito tudo certo, mas conceda-se-lhe o benefício da dúvida e dê-se alguma margem de manobra para que ela possa tentar remendar o pano rôto que já vem, bem de lá de trás. Ao menos isso!

17 junho, 2022

SNS em agonia

O Serviço Nacional de Saúde é um bem inestimável, é uma benção de que nem todos se podem gabar e, é também, uma conquista que importa e, de que maneira, preservar a todos os títulos.

Não sobreviveu uma criança no Hospital das Caldas da Rainha por, supostamente, não haver Médico de Obstetrícia/Ginecologia de plantão, aquando da chegada da grávida à unidade hospitalar... Que lástima, que tal aconteça neste tempo, nesta era neste século!

Tal nefasto acontecimento fez espoletar de imediato casos semelhantes em alguns hospitais Lisboetas, em Setúbal, em Braga, em Portimão. Faltam médicos daquelas especialidades para preencher as escalas de serviço dos ditos hospitais.

Os médicos do SNS estão mal pagos por comparação com os seus colegas que trabalham nos Hospitais Privados e, até mesmo, com médicos tarefeiros contratados a empresas que se dedicam ao "métier". Não é de censurar que cada um procure trabalhar com aqueles que lhes asseguram melhores condições salariais. Não, em boa verdade, não é de censurar. 

Mas, no entanto, e com vista a evitar esta "fuga" dos Médicos do Serviço Nacional de Saúde rumo aos Privados, porque não se regulamenta através de legislação própria que um Médico "feito" nas Universidades e Hospitais-Escola Portugueses, seja levado a cumprir um qualquer espaço temporal mínimo ao serviço do "SNS"? Aliás, a exemplo do que acontece com os pilotos da força aérea, cuja formação é tão dispendiosa. Estes últimos, tanto quanto se sabe, acabam todos a ser pilotos da aviação comercial, não sem antes, terem permanecido alguns anos ao serviço da força aérea, como que a compensar o erário público do muito que neles se investiu. Pensem nisso, todos os implicados no processo, mas pensem mesmo por favor, senão ides acabar com o Serviço Nacional de Saúde!

11 junho, 2022

Quase 300 mortes na última semana e...

Viva o S. António, viva o S. João, viva o S. Pedro, vivam os Santos Populares!...

E viva também a todos os Festivais de Verão que estão agendados e que concentrarão milhares de Portugueses. E vivam as férias e os 17.000 Ingleses que chegam todos os dias ao nosso País. E vivam todos os arraiais que se farão pelos festejos de cada Santinho lá da terra, e que ocorrerão por todo esse País. E viva isto e viva aquilo, e vivamos todos aos magotes que não se passa nada. Viver é hoje, é agora que amanhã pode ser tarde de mais... É assim que estamos, para nosso mal.

Não querendo vestir a pele do arauto da desgraça, a verdade é que se não avizinham tempos fáceis para o futuro próximo. E se a procissão ainda vai no adro, pelo andar da carruagem, não custa profetizar que, a julgar pelo que temos agora, como será quando Outubro/Novembro estiver ali, logo ao virar da esquina? Não! Sejamos optimistas, não vai ser nada!... Ou será que, afinal?... 

A resposta há-de chegar. Com que intensidade, com que penosidade?, não adianta, logo se vê!...


Condenados à morte!...

Dois Britânicos e um Marroquino a servirem nas forças do exército Ucraniano, foram capturados pelos Russos e, sumáriamente, estão condenados à morte!

Sabe-se pelos meios de comunicação social que já há cerca de 4.000 soldados Ucranianos que foram feitos prisioneiros pelo exército Russo.

A julgar pelo primeiro parágrafo deste nosso escrito, imagina-se com extremado pavor, o que poderá estar na calha quanto ao destino destas 4.000 vidas. Será que o Homem, enquanto ser humano possuídor de inteligência, de lógica, e, naturalmente, feito de compaixão pelo Criador, é assim tão animalescamente miserável que se torna capaz de matar só por matar?

A História da Humanidade que somos está eivada de casos que mais parecem extraídos duma qualquer rábula animal. E, desgraçadamente, a conclusão é: sim! Somos capazes disso só porque sim!

Combustíveis inflamam o bolso

Os combustíveis estão onde jamais estiveram. O seu preço chegou a preços recorde como nunca se viu. Gasolina e gasóleo estão numa subida meteórica que ameaça sériamente, a estabilidade de tantas áreas fulcrais da nossa economia. Com a sua subida, tudo galga por arrasto e desde o pão à carne, passando pelo peixe e a fruta, aos lácteos e a tantos outros produtos, nada escapa à influência nefasta do peso que a subida dos combustíveis origina.

Claro, a guerra na Ucrânia, o clima de instabilidade política, económia e financeira que tal acontecimento provoca, desencadeou desconfiança dos mercados e o pânico nas bolsas mundiais. A escassez de produtos ditos essenciais levou ao inexorável aumento dos mesmos, e o petróleo sendo uma fonte de energia fulcral sofre de todas as instabilidades atrás enunciadas.

Poderá argumentar-se que é assim que a coisa funciona. Que sempre assim foi. É  verdade, é desta forma que as coisas funcionam, mas numa altura de crise mundial tão acentuada, com uma pandemia ainda a mexer com todos nós, será que os Governos não poderiam, ou deveriam, intervir no sentido de ajudar um pouco mais as populações? É que desta forma, o senso-comum pensa que há muito boa gente a enriquecer de forma escandalosa, nomeadamente, as empresas petrolíferas e os revendedores de tudo o que é cadeia de produção e distribuição. Senhores da política, pensem nisso, se puderem!

04 junho, 2022

Tantas lágrimas, tanta dôr

Na Ucrânia, continua o impensável, a destruíção maciça de vilas, aldeias e cidades inteiras às mãos das tropas Russas que continuam implacáveis na sua chacina.

Resistem os Ucranianos até ao limite das suas forças, mas é doloroso presenciar as lágrimas vertidas por gente velha, gente pobre, gente desfavorecida que tudo o que mais queria era viver os seus últimos dias, aqueles que a Vida entendesse ainda conceder-lhes, na sua calma, na sua paz, no seu aconchego.

Desastradamente, entraram-lhe pelo resto das suas vidas e trucidaram muitas delas. Os que restam, choram as tais lágrimas de desespero por não entenderem que mal fizeram e a quem para estarem a viver na antecâmara do inferno, tendo perdido os seus mais chegados, mas, e também, o seu pobre tecto, até mesmo, a comida para pôr na mesa e continuar a lutar pela sobrevivência.

A guerra desfaz, separa, corrói, mata sem olhar a quem. A guerra é a forma mais estúpida e violenta que o Homem que a faz, encontra para justificar a sua execrável existência.

Curva descendente? Quem disse?

Os media Portugueses anunciaram hoje que os números da Covid-19 estavam em decréscimo(?)...

Fiquei arrepiado quando se anunciaram terem sido encontrados nos últimos sete dias cerca de 175.000 novos casos de infecção, bem como, 220 mortes ocorridas em igual período.

Fala-se que estamos na curva descendente e vai daí, o Povo que somos já não quer saber de mais nada, senão que já estamos a descer...

Raciocinemos: Há dias aventaram-se 1 milhão de infectados e 1.455 mortes no período de dois meses. Concretamente, Abril e Maio!

Então agora, com os números dos últimos 7 dias teremos, se extrapolarmos para um período de dois meses, nada mais nada menos que 1 milhão e quatrocentos mil novos casos de infecção e tendo em conta os 220 mortos duma semana, se multiplicarmos por 8 semanas (dois meses) fácil se torna concluir que se poderão atingir 1.960 mortes. Bem pior do que os números anteriores!... Estamos na curva descendente, dizem os letrados, mas então, somos todos estúpidos, ou quê?

Tendo em conta que vamos entrar na semana dos Santos Populares, em Lisboa e que a seguir, hão-de vir o Porto e Braga com o seu S.João, é de temer que, infelizmente, vamos continuar a assistir impávidos e seremos(?) ao crescimento exponencial da desgraça que teimamos em chamar para nós, sem que quem de direito, decida tomar medidas que ponham côbro a este triste estado de coisas. A bem da Economia. A bem do Turismo. A bem do equilibrio orçamental. Cairão aqueles que tiverem que caír!!!

02 junho, 2022

Julgamentos - quando?

 Há algum tempo, não muito, se comparado com aquilo que é o tempo da Justiça, dois idosos pegaram-se de razões por causa de uma disputa antiga sobre terrenos. Palavra puxa palavra, passearam-se pela troca de insultos e acabaram a guerrear-se ferozmente. Em suma, um deles matou o outro de forma violenta com recurso a arma de fogo.

O habitual, infelizmente, em tal tipo de contendas. Já o que não é nada habitual é que o Tribunal foi célere no julgamento e na aplicação de pena: 21 anos de prisão para o comprovado assassino! Espantoso. Fantástico. A Justiça no seu melhor!

A pergunta que nos ocorre é a seguinte: Por que motivo é que se não julgam com esta celeridade, com esta eficiência todos aqueles outros casos que andam nos corredores da Justiça anos e anos, na casa da década até, como que a ganhar môfo, empoeirando as nossas vidas, manchando a dignidade que deve ser atribuida a certas Instituíções? Para quando os julgamentos dos Sócrates, dos Salgados, dos Berardos, dos Pinhos e de tantos outros quejandos que duram, duram até nos exaurirem o juízo e prescreverem, incorrendo o Estado (nós todos) no pagamento de milionárias indemnizações a esta data de sanguessugas malfeitoras? Para quando?...

Um Milhão e 1.455 mortes!...

Segundo os meios de comunicação social de hoje, nos dois últimos meses - Abril e Maio - houve cerca de um milhão de novos infectados com Covid-19 e ocorreram 1.455 vitimas mortais...

Segundo os especialistas, tais números, absolutamente avassaladores, ficam a dever-se à nova variante da Ómicron, a BA.5 e à queda do uso obrigatório de máscara. Não há dúvida: se queriam, ver ao vivo e a côres, como se comportariam as pessoas após o alívio de uma das principais medidas restritivas, eis o resultado! Podem bem gabar-se de serem pioneiros na toma da medida e, também, na conquista de mais um triste recorde para o nosso grande manancial de atitudes descalibradas, pouco pensadas, enfim, estúpidas! Somos de novo, os piores da Europa!

A ver vamos, até onde vai o presente descalabro e à custa de quantos mais se fará a história desta tão triste fase das nossas vidas.


Estamos a criá-los assim...

Quer-me parecer, para mal dos nossos pecados, que não há dia sem que haja uma desgraça violenta perpetrada por um qualquer desvairado, munido de arma branca ou de fogo.

Agora, foi há dois-três dias que, numa discoteca de Paredes, uma criança(?) de 17 anos, armado com pistola disparou sobre dois homens de 25 e 26 anos de idade, sendo que o mais velho destes já faleceu e o outro se encontra em estado grave numa unidade hospitalar.

Somos uma Sociedade permissiva, branda, "meiguinha" para com toda uma panóplia de gente que por aí anda e que ainda não 'solidificou' a massa encefálica, tal é a irresponsabilidade, a arrogância, o laxismo e a perfeita consciência da sua quase total impunidade, perante qualquer tipo de comportamento menos aceitável que se decidam ter.

Deram-lhes muitos videojogos, muitas consolas "xpto", ofereceram-lhes em bandeja o último grito do smartphone mais em voga. Ao menino não se grita! Ao menino não se dá uma chapada que isso é violência doméstica. Ao menino, o professor não levanta a voz, senão a Mãe do rapaz vai à Escola e parte a louça toda. Não! À menina e ao menino, quem sabe o que é melhor e o que fazer "sou eu! Ai de quem belisque o meu menino!..."

E o menino, cá como nos Estados Unidos, arranja uma faca, arranja um punhal, arranja um revólver ou uma arma de guerra e quando o chateiam, quando lhe dizem "não, isso tu não podes fazer por que não podes, por que não deves...", eis que o nosso jovem, o menino, ou, será melhor chamá-lo de criança?, eis que ele, diziamos, desata a apunhalar ou aos tiros, a torto e a direito, matando quem se lhe opuser. E, depois vem a Justiça, ouve os advogados de defesa que apoucam o sucedido e, se calhar, ainda acabam por preconizar uma qualquer tentativa de reinserção social, como se alguém que, tão imberbe ainda na vida, já demonstra ter tão maus fígados, possa algures voltar a pisar o caminho do bem, do trabalho, da conquista pelo mérito e pelo esforço do tão almejado respeito por parte de todos os outros.

Estamos a criar alguns monstros que vieram das nossas entranhas. É bom que tenhamos consciência disso e comecemos a arrepiar caminho enquanto é tempo. A Educação tem um grave problema para resolver na geração que está a chegar à vida por estes dias: é ministrá-la em casa, tem que vir dos Pais e dos Avós. É aqui que tudo começa; ou não!...

01 junho, 2022

Criança e o seu Dia

Celebramos hoje o Dia Mundial da Criança. Viva a Criança! Vivam todas as crianças do mundo!

Infelizmente, sabemos que por mais Hossanas que devotemos às crianças, continuará a haver, para nossa desgraça, a tristeza de tantas e tantas crianças por esse mundo fora que não têm o básico, o mais elementar, como sejam a comida e cuidados médicos adequados. Sabemos que assim é, mas já estamos naquela fase em  que parecemos anestesiados, ausentes, distantes daquela realidade. Embora a conheçamos, a nossa mente "recusa-se" a devotar-lhe o tempo e a atenção que seriam necessários para a erradicação de tanto sofrimento. 

O mundo está demasiado ocupado com outras questões para se lembrar que, afinal, as crianças são o amanhã, são o futuro da Humanidade. Embora se lamente que assim seja e, sofrendo desta impotência que nos aniquila pelo facto de não sermos capazes de lhes proporcionar a felicidade, saúdemos o Dia que lhes é dedicado e façamos de tudo para recuperar aquilo que não temos sabido ganhar.