16 novembro, 2010

Criança sofre!...

Há uma criança transtornada!
O menino tem 6 anos, é filho de Mãe toxicodependente e de Pai, perdido algures nos meandros da vida.
Está na 1ª. classe - agora diz-se 1º. ano - e chega todos os dias à escola sozinho. Ninguém o traz; nem pais, nem avós, nem uma vizinha, sequer. Não vem de carro, de transporte público, nada... Vem a pé, quer chova ou faça Sol e diz-se à boca pequena, que as quelhas e vielas por onde transita, estão cheias de problemas, de vícios, de violências mil...
Na escola é espelho fiel do que tem em casa. É uma criança complicada, difícil, agitada, embora tenha assomos, fogachos de ternura.
É criança que precisa de meiguice, de atenção, de cuidados extra. Necessita de apoio psicológico, da compreensão e do saber de quem foi preparado para tal desempenho.
O triste, o incompreensível, o inaudito é que nesta Escola, a profissional capaz de prodigalizar todo o apoio de que esta (e outras) crianças carecem, está de baixa, está de licença de parto e não há ninguém que a substitua, o agrupamento escolar não contrata um outro alguém.
Fizeram-se novas escolas, actualizou-se algum do parque escolar, deitando abaixo e levantando novas paredes. É evidente, que há que criar infra-estructuras de raiz capazes de facultar melhor qualidade para se estar, para se ter aulas, mas, lamentavelmente, a Escola não é só paredes: é Gente, são professores, são psicólogos, são auxiliares de educação...

15 novembro, 2010

Trabalho sem tréguas

Estamos "apertados". Estamos "à rasca", Estamos depenados, tesos, lisos, e tantos outros adjectivos que signifiquem a mesma coisa.

Ainda assim, fazemos papel de ricalhaços e vai daí, uma cimeira internacional, meios de segurança como nunca se viram e, até, tolerância de ponto para não atrapalhar, a bem da produção nacional. Quem não afina por este diapasão é o Presidente da Câmara, António Costa, que decidiu que todos os colaboradores da edilidade, estão convocados para o trabalho. Ainda há gente de bom senso!

O Rei vai nú!...

Hoje estive num serviço público. Mais concretamente, num Centro de Saúde.

Sinal inequívoco dos tempos de penúria financeira que vivemos, há cortes nos salários, há cortes na despesa, e, despesa, é sinónimo de pessoal. Mas, neste sector, o do pessoal, quando se diminui aos efectivos, há corte na qualidade dos serviços.
Isto vale por dizer, que se chega a um local no interior do centro de saúde, onde, se aguardam largos minutos, que alguém apareça para que sejamos atendidos. E neste intervalo, se alguém tiver más intenções, pode assaltar ou vandalizar telefone, computador, impressora, em suma, a instalação deste gabinete de recepção ao utente. E, depois, ouvimos falar em gastos de 10 milhões de Euros só para a segurança com a cimeira da Nato a ter lugar em Lisboa a 19 e 20 do corrente.

Há aqui algo de errado, não é verdade?


13 novembro, 2010

Está para durar!

Em pleno século XXI, assistimos ainda - até quando? - às mais hediondas formas de maltratar o ser humano, e isto, à custa da imposição legal de todas as formas de maus tratos, em que o Homem, o pior de todos os seres vivos pertencentes ao reino animal é fértil.
O Homem, quando em posição mais forte que o seu semelhante, impõe, ordena, tiraniza e aterroriza, todos os outros que lhe estejam subjugados. E, no momento actual, de crise económica e social em que o desemprego grassa, a fome se instala, a procura de emprego é muito maior que a oferta, faz do empregador, do patrão, um senhor absoluto que tudo pode, tudo manda,  tudo altera - código do trabalho incluído -, faz dele um cacique que paga o que quer, quando e como quer e que, à custa da "bendita crise", vai 'esfolando', vai 'chupando até ao tutano' tudo e todos, engordando substancialmente a conta bancária e a fortuna pessoal, porque agora é que é, agora é p'ró que está, com o beneplácito da família política que lhe guarda o costado, enquanto dá... 



12 novembro, 2010

Crescemos - verdade ou mentira?

Crescemos!

Crescemos 1,5%, gaita!...

Estamos mais ricos. A nossa economia vai desanuviar. As agências de "rating" vão ser mais optimistas quanto à nossa dívida soberana. O Teixeira dos Santos já embandeirou em arco, e o Sócrates fez o mesmo, e o da Economia, cujo nome nem recordo, também saiu a terreiro eufórico...

E esta semana só em 5 empresas que fecharam portas, foram lançados no desemprego 700 trabalhadores...

Andei hoje na rua, a pé. Porque será que não vi gente mais sorridente e feliz?