Paulinho vai-te embora!

Afinal, vem aí mais cortes!

Os pensionistas, os reformados, os oprimidos vão continuar a sofrer na pele esta tremenda "ditadura" imposta pela Segurança Social. Nada, em boa verdade, que não se esperasse já, atendendo ao desaforo, ao despudor, à sem vergonha dos que nos governam. O que dizer do senhor dr. Paulo Portas, grande defensor dos pobres, dos agricultores, dos militares mutilados, de todos aqueles que vivem de pensões de vergonha que mal dão para pagar medicamentos, água e luz, "esquecendo muitas vezes a fome" que lhes rói as entranhas? Que é feito daquele Paulo Portas que fez uma birra pelo poder, para ter mais poder e que custou milhões a todos nós portugueses, que afiançou (depois da sua irrevogável saída...) que agora, actuarei com outra energia junto da Troika, demonstrando outra força e impondo condições, as nossas condições, enquanto estado de direito, nação com história, e absolutamente soberano? Que é feito desse Paulo Portas após a 8ª. e 9ª. verificação da Troika? e que posição vergonhosa é aquela da senhora das Finanças que aceita uma pretensa subalternidade que em nada a dignifica. E que dizer da suposta conferência de imprensa da semana passada em que, vergonhosamente, ele se senta ao centro, ela à direita, Moedas à esquerda, e ele fala, fala e remete as respostas para ela e ela para ele, num espectáculo grotesco?...

Sr. Primeiro Ministro, volta e meia comete os seus erros, mas estes dois são, certamente, dois dos seus maiores desvios em relação ao caminho que deveria trilhar.

Custo de Vida, upa, upa!!!

Sobe a gasolina e gasóleo na próxima semana. Já subiram tantos artigos, tantos serviços, tantas coisas de que necessitamos todos os dias da nossa vida. Saúde, farmácia, alimentação, transportes, comunicações, rendas de casa, água, lixos e esgotos, electricidade. Sobem impostos, taxas e outras tarifas. Sobe o 'IMI', sobe tudo, mas mesmo tudo. Quanto ao rendimento dos portugueses estão congelados, suspensos, em 'stand-by', o que equivale a dizer, que baixaram, diminuíram por comparação com anos anteriores. Ainda, pelo mesmo tipo de comparação, estamos todos a viver pior, cada vez mais estrangulados. Enfim, sem culpa formada, pagamos os erros de todos aqueles que nas últimas décadas nos desgraçaram, nos levaram a este poço sem fundo onde corremos o risco de afogamento colectivo.

Uma vez mais, aqui fica o pedido: para quando a criminalização da classe política, quando comprovadamente se demonstre o laxismo, o compadrio e o favorecimento criminal e danoso para o interesse público? 

E agora?

Ontem o PM em gestão fez uma comunicação ao País. Depois de negociações com a Troika internacional, veio à televisão anunciar "...que não acontecerá isto, nem aquilo...", dourando a situação até onde pôde. Omitiu, como é seu apanágio, se estes "nãos" e "nens" são só para o imediato, ou se mudarão para "talvez" e "nins" no começo do próximo ano. Não deixou, no entanto (nem podia), de referir algumas das medidas de austeridade que vamos ter pela frente. Vêem aí tempos ainda mais complicados do que estes que temos estado a viver. E porquê, por culpa de quem chegamos a este estado? Que mal têm estado os políticos portugueses ao longo destes anos...