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08 novembro, 2024

INEM e gente a morrer!...

Batemos no fundo! Daqui para a frente já não há muito mais para descer, para vir aos escantilhões pela ribanceira abaixo.

Os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar estão, ou têm estado de greve, o que torna a vida e morte de quem sofre, subitamente, um AVC, um enfarte de miocárdio, ou um qualquer outro episódio em que a vida fique presa, por não mais que um singelo fio, numa coisa que a ninguém se deseja.

Registam-se nos últimos dias 8 mortes, que não podemos afiançar de forma concludente, que não aconteceriam de qualquer forma. Agora, do que não restam dúvidas é que estes óbitos têm uma característica que os une, que os irmana na partida desta vida: Todos eles tiveram atrasos, nalguns casos escandalosos,  no tempo em que a falta de assistência atempada, poderá indiciar que, infelizmente, nem tudo do que podia e devia ser feito, o foi na realidade...

A senhora Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, tem estado longe de estar bem, que é como quem diz, se lhe restasse um pingo de vergonha e de ética no bornal, já teria saído de mansinho, sem ondas, sem chispas, pois a sua marca indelével ficará gravada a letras de fogo em todos aqueles que perderam os seus entes queridos. Mas, não! Parece que o que aconteceu está dentro dos  parâmetros da sua bem estranha  normalidade, não a mexe nem um pouquinho, nada abala o seu firme propósito de continuar a liderar(?!) um Ministério, que não parece ter sido talhado para as suas mãos.

Entretanto, embora o direito à greve seja um conquista do 25 de Abril absolutamente inalienável, não esqueçamos que a greve, quando exercida em áreas da vida que nos são deveras vitais à sua manutenção, deve ser feita com recurso a todas as medidas, mas mesmo todas, sem que ponhamos em risco a vida dos mais frágeis, dos mais necessitados, sendo que frágil e necessitado, no caso da vida e da morte é qualquer um de nós, em qualquer sítio e a qualquer instante. Sejamos pois, lutadores sim, indiferentes nunca!

15 setembro, 2024

Morrer sem assistência!...

Hoje, morreu um homem numa estação de serviço, algures numa estrada do Algarve...

O INEM demorou trinta minutos a atender o pedido de socorro(?!) e, depois de atendida a chamada, demorou outros 30 minutos a chegar ao local.

O homem, perante o desespero da família, sofreu tentativas de reanimação feitas pela sua própria mulher, mas não resistiu, acabando por sucumbir.

Tratava-se de homem com doença cardíaca, e ao que parece terá falecido em consequência de ataque súbito daquele orgão crucial no corpo humano.

Entretanto, vamos morrendo cada vez mais, à porta de hospitais, dentro de ambulâncias, porque há Urgências fechadas ou, como no caso vertente, numa qualquer berma de estrada, porque o Serviço que deveria estar preparado para dar resposta a este tipo de situações, está em desagregação, está rumo ao caos, e tudo isto num dia em que se celebram 45 Anos do Serviço Nacional de Saúde.

Senhora Ministra desta área do poder, se não sabe como resolver esta situação, por favor, vá-se embora! E, já agora, não esqueça: o funeral deste homem que morreu desta forma tão inglória, quanto estúpida, deve ocorrer amanhã ou depois...

22 maio, 2023

Manuel Pizarro, vai continuar a sorrir?

São Hospitais, são Centros de Saúde, são Maternidades, são Serviços de Obstetrícia, de Ginecologia, de Pediatria, de Pedo-Psiquiatria, são Urgências hospitalares, são consultas e exames hospitalares, são listas de Cirurgia à distância de mais de 12 meses, são consultas de Especialidade a demorarem cerca de 3 anos - Cardiologia, na Guarda -, enfim, é o SNS a esboroar-se, a desfazer-se, a sucumbir.

Faltam Médicos. Faltam Enfermeiros. Faltam Técnicos de diagnóstico. E, faltam em Lisboa, como no Alentejo, como no Algarve, ou no interior deste País que somos. Já estamos naquela fase miserável de termos em certas zonas da nossa terra, assistência às Segundas, Terças e Quartas, que no resto da semana, as doenças, se aparecerem, enviamo-las por correio para a Sede do Ministério da Saúde. Lá temos um senhor de nome Pizarro, sempre sorridente, sempre a minimizar a desgraça alheia, sempre a prometer que no próximo semestre "é que vai ser!".

E,... desgraçadamente, morreu um bebé de 11 meses... Não havia Médico, a ambulância do INEM estava "inoperacional". E, os serviços(?), os burocratas da coisa levaram 6 (seis) horas, até chegarem à conclusão que havia que accionar um helicóptero daquela entidade. Seis horas, após ser declarado o estado grave daquele bebé... Isto não equivale a dizer que o desfecho trágico acontecido, não aconteceria se tivesse havido nível assistencial efectivo. Não! A criança poderia não resistir de igual forma, mas ficava-se com a certeza, que tudo o que humanamente havia para fazer, o tinha sido, efectivamente. Assim, não! Assim, subsistirá sempre a dúvida atroz se, em pleno século XXI, fizemos tudo o que podiamos e deviamos ter feito para salvar a vida daquele bebé.

18 dezembro, 2018

Corrigir, corrigir...

Tristemente, uma vez mais se aponta o dedo a alguém, no desenlace trágico do acidente com o helicóptero do INEM.

Se, ainda nada, ou, pouco se aprendeu com os erros cometidos no passado recente, vamos lá meter pés ao caminho e fazer estrada rumo a um futuro melhor, corrigindo rápida e urgentemente, o que tiver que ser corrigido. E, se para tal, existir a necessidade de expurgar os organismos competentes de toda a casta de indolentes que por lá grassa, então faça-se isso!


17 dezembro, 2018

INEM e todos nós, de luto

Caiu anteontem na Serra de Santa Justa/Valongo, um helicóptero do INEM pertencente à zona de Macedo de Cavaleiros que tinha vindo ao Porto em missão de socorro.

A bordo seguiam dois tripulantes, um médico e uma enfermeira na viagem de regresso a Trás os Montes. O tempo atmosférico que se fazia sentir na zona do grande Porto àquela hora (18,30h) era de borrasca; chuva intensa e persistente, alguma neblina baixa e vento, muito vento que sempre se faz sentir no alto da serra de Valongo.

Pereceram todos os elementos a bordo, depois de terem deixado a salvo no heliporto de Massarelos, a doente grave que trouxeram de Bragança. Triste sina, fatídico destino aquele que ceifou as quatro vidas daqueles seres que viviam para ajudar o semelhante, para salvar o próximo... Condolências às Famílias, é tudo o que nos resta!