25 outubro, 2022

Director da PJ e a verdade

Luís Neves, Director da Polícia Judiciária, afirmou numa entrevista ao "Observador", a 17 de Outubro, que nos processos de criminalidade económico-financeira, existe um:

“terrorismo judiciário, com recursos permanentes e incidentes processuais que entorpecem os autos”.

O Conselho de Deontologia de Lisboa da Ordem dos Advogados apresentou uma participação disciplinar pela mão do seu Bastonário Luís Menezes Leitão...

Pergunta-se: mas porquê? o senhor Director da PJ disse alguma "enormidade"? Não, o senhor limitou-se a fazer uma constatação com a qual, estou certo, a maioria dos Portugueses estará de acordo. Deixemo-nos de balofices intelectuais e  aceitemos a dura realidade que é: os caminhos da Justiça deste País, arrastam-se  "ad eternum" nos corredores dos nossos Tribunais.

Mirandela - Hemodiálise a fenecer...

Há uma empresa privada, em Mirandela, que presta tratamentos de hemodiálise a muitas dezenas de doentes com aquela patologia e que residem nas redondezas.

A dita empresa terá, com certeza, um qualquer protocolo celebrado com as várias "ARS" circundantes, para a prestação dos ditos tratamentos - ao que sabemos cada doente hemodialisado faz três sessões por semana - e, será ressarcida financeiramente pelas tais Administrações Regionais de Saúde, de tempos a tempos, numa sequência trimestral, talvez.

O problema é que a empresa em questão já não recebe um tostão há cerca de um ano, tem um saldo devedor da Tutela de 4 Milhões de euros e enfrenta já, a recusa dos seus fornecedores na entrega de material necessário ao seu desempenho. Se a situação persistir por mais tempo, um responsável da clínica afirma temer o seu encerramento, pois não sabe sequer, como vai pagar os próximos vencimentos aos seus colaboradores...

O grave, o muito grave (para além da situação de todos os profissionais e seu gerente), o inimaginável, aquilo que não pode nem deve mesmo acontecer, é que os doentes, aqueles que já sofrem na pele uma terrível doença se vejam obrigados a fazer entre 300 e 400 kms, três vezes por semana, para virem fazer os tratamentos ao Porto, com o desumano e desnecessário sacrifício dos que sofrem e com o brutal aumento nos custos de tais tratamentos, devido às deslocações. Sr. Ministro da Saúde, acorde e reaja rapidamente! Num País em que tudo se trata na base dos Milhões de Euros, vá lá, mande pagar com urgência esta carência gritante, antes que o Estado tenha que vir a pagar somas bem mais avultadas!...