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12 dezembro, 2023

Fabulástico Costa

António Costa deu ontem uma entrevista à TVI/CNN, naquele que foi o primeiro dia como Primeiro Ministro de um Governo provisório.

E falou, e falou, e quase nos convenceu de que, afinal, a culpa de tudo isto, é do outro... Para ele, o tal parágrafo da PGR foi determinante, como determinante foi também, a má decisão tomada (segundo ele) por Marcelo Rebelo de Sousa, em dissolver o Parlamento da Assembleia da República. Deixou lascas pontiagudas para este, menos afiadas para a PGR, para a Oposição, e até, para dentro da sua máquina partidária.

Quanto à súmula daquilo que fez, o homem está muito orgulhoso do estado de benfeitoria e mais valia em que vai deixar o País a quem lhe vier a suceder, pois, segundo o seu parecer, desde as contas certas, até à Saúde, passando pela Educação, Justiça e demais sectores públicos, não esquecendo o sector privado e os seus 50% de contribuíção para o PIB, o "País está de boa saúde e recomenda-se". Parece que o homem vive numa qualquer outra galáxia diferente desta em que vivemos, pois como diz o velho aforismo, "o mais cego é aquele que não quer ver".

Enfim, paz à sua alma e vamos lá tentar viver com outros parceiros, que parecendo diferentes, no fundo, não passarão de mais do mesmo.

20 maio, 2023

Cavaco demolidor, mortífero!

Cavaco Silva, ex-Primeiro Ministro e ex-Presidente da República, esteve hoje, a convite,  nas Jornadas de encerramento do movimento de Autarcas do PSD. E esteve imparável no que concerne ao ataque serrado que fez ao Governo, e em particular ao Primeiro Ministro António Costa.

Não deixou pedra sobre pedra. Foi incisivo, acutilante, peremptório, arrasador. Falou do alto da sua cátedra, daquela que uma vida dedicada à política, lhe confere em momentos tão inscontantes e inconsequentes da vida pública e política de Portugal, como aqueles pelos quais temos vindo a passar.

Já aqui o afirmei e reafirmo peremptóriamente: sou um animal político como todo o Homem é, mas sou totalmente apartidário, não tenho quaisquer amarras a qualquer que seja a força política que ocupe as cadeiras do poder. E, é nesta qualidade, que me sinto à vontade para exprimir o que entendo estar bem ou menos bem em determinados momentos da nossa vida colectiva. Neste sentido, o discurso de 40 minutos hoje produzido foi altamente bem escrito. Fez  uma retrospectiva perfeita, enfatizando coisas do passado recente de que já nos tinhamos esquecido, tal tem sido o chorrilho de asneiras cometidas pelos mais variados Ministros e Secretários de Estado, no passado recente.

Cavaco deeixou recados ao País, à Oposição, ao Governo e a António Costa. Não deixou de tocar em Marcelo Rebelo de Sousa e, bem mais importante, não deixou em claro alguns reparos para dentro do próprio PSD, a quem aconselhou a jamais entrarem por esta trica miserável inter-partidária, em que os Partidos já não se respeitam, não utilizam linguagem caracterizada pela urbanidade e pelo civismo, jamais esquecendo que as relações institucionaos não podem, nem devem, ser feitas tendo como pano de fundo, uma gritaria que em nada beneficia nem honra quem a profere.

05 maio, 2023

Marcelo vai apertar a malha

Depois de António Costa, depois de João Galamba, depois das mentiras, depois dos jogos de bastidores, depois da trapaça, depois... veio Marcelo Rebelo de Sousa. E, foi incisivo, foi cáustico, foi virulento, foi temerário, foi, enfim, como jamais tinha sido.

Marcelo classificou João Galamba, e não só, como irresponsável, como pouco merecedor de credibilidade, de respeitabilidade, de honorabilidade e, como tal, como um erro de gestão política grave de António Costa, o que gerou o primeiro grande choque de titãs entre os dois Palácios. O de S. Bento e o de Belém.

Galamba ficou no Governo. Mas, vai ficar a arder em lume brando até esturricar por completo. Presume-se, que não passe do Verão. Até lá, António Costa já arranjou quem vai levar pancada até mais não, fazendo com que o seu dorso continue enxuto e sequinho por entre os pingos da muita "chuva que há-de caír" lá para os lados da Comissão Parlamentar de Inquérito.

03 maio, 2023

Costa, Galamba e tanta trapalhada

E, ontem, aos 3 de Maio deste ano da graça de 2023, António Costa, Primeiro Ministro de Portugal, veio falar ao País para deixar todos os Portugueses pasmados, de boca escancarada, tal foi o teor da sua comunicação.

Todo o mundo sabe, que o Governo de maioria absoluta do PS tem estado a viver momentos de constante e contínua convulsão, tal têm sido os episódios rocambolescos, as situações mais inverosímeis que se possam imaginar...

Depois de muitas e muitas situações - até já vamos perdendo a conta -, eis que rebenta a polémica João Galamba, Ministro das Infraestructuras e que já tinha ganho lugar na coluna dos "questionáveis" desde aquela saga nas minas de Montalegre, para a exploração de lítio destinado à feitura de baterias para a indústria automóvel.

Cavalheiro irrascível, quezilento, de "maus fígados", esperava-se a sua exoneração, ou que apresentasse a sua demissão. Era o expectável pelo País e pelo Presidente da República, perante as diabruras que se anunciaram na imprensa, como tendo sido cometidas, ou omitidas, pelo referido cavalheiro.

Pois bem. Soube-se que apresentou a sua demissão a António Costa e este, cerca das 21 horas fala ao País, via televisões, e anuncia que o que se passou no Ministério das Infraestructuras - cujo responsável mor é João Galamba - é absolutamente deplorável, mas que, ainda assim, não tem nenhuma evidência que o Ministro, seu subalterno, tenha cometido qualquer ilegalidade, pelo que, não aceita tal pedido

Caiu o Carmo e a Trindade, e também a Torre dos Clérigos... Costa, jogador nato no tabuleiro do xadrez político, jogou forte, jogou no "tudo ou nada" e deu uma grande estocada em Marcelo Rebelo de Sousa. Até quando vai durar, isso já são outras núpcias, mas o deplorável, o miserável, o inaceitável é que esta gente anda toda "a brincar" aos jogos políticos e mostra pouca ou nenhuma consideração e respeito, pelos que trabalham, pelos que estão a recibo verde, pelos que estão desgraçados pela inflação, pelas rendas das casas, pelos custos dos bens alimentares, pela Justiça que não existe, pelas falhas e encerramentos na saúde, pelas lutas sem fim dos maltratados na educação... É, estes senhores andam a brincar connosco. Literalmente!!!  

12 janeiro, 2021

Confinar, travar, apoucar

Anuncia-se um novo confinamento...

Os números são arrasadores, quer nas mortes, quer no número de infectados. Há que parar os movimentos dos seres malucos que todos somos. Não prestamos. Somos demasiado centrados no nosso próprio umbigo, demasiado egoístas para nos preocuparmos com o bem dos outros. Queremos lá saber do resto, se nos sentirmos uns valentaços e ainda nada nos tiver tocado pela porta...

Um bar na noite do Porto cheio de gente, toda sem máscara; Madrilenos brincando na neve em grupos de centenas ou milhares; Norte Americanos, qual turba adoidada, a invadir o Capitólio aos milhares; Brasileiros na praia aos magotes a perder de vista: Gregos a banhos, uns em cima dos outros, após uma anormal onda de calor, para quem está em Janeiro. Enfim, não temos remédio. Só entendemos uma linguagem: a da repressão, a da ordem vinda de cima, só baixamos a cerviz se a tal formos obrigados...

Com o confinamento, vem a paragem da máquina produtiva e todos os malefícios no lado social, do emprego, da queda de empresas no fosso de onde jamais voltarão a emergir. É a desgraça anunciada para muitos e muitos de nós.

Custa,  no entanto, a entender como é que se espera um confinamento e se preconiza a continuidade das aulas de alunos até aos 12 anos de idade. Então, isto não vai dar milhares e milhares de Portugueses a circularem para trás e para a frente para levar os filhos à Escola? E, para depos os lá irem buscar? É assim que se espera minorar o tamanho deste desastre universal? Confesso, não entendi António Costa quando hoje anunciou ao País, depois da reunião no Infarmed, o que lhe vai na alma. Vamos ver o que vem aí, depois de consultar os seus confrades.

05 outubro, 2014

PS, e agora?

António Costa ganhou as "primárias" no PS.
António Costa festejou, recebeu abraços e beijinhos das clientelas do costume, distribuiu sorrisos e disse uma data de banalidades tão grande, que não me lembro de uma única ideia que tivesse força para se implantar na memória colectiva do povo que somos.

António José Seguro saíu de cena. Sem alardes, sem cinismos, sem ruído... Uma bela surpresa esta: a de saír com dignidade, finalmente!...