03 agosto, 2020

Amaldiçoada sejas!...

E a Covid-19 não dá tréguas.

No outro lado do mundo, na Austrália as coisas estão a complicar-se e as entidades oficiais estão a tomar medidas como ainda não tinha acontecido...

Os Estados Unidos, o Brasil, a India, a América do Sul, o México, a desgraça parece não ter fim...

Mais perto de nós, os Espanhóis estão como que de regresso aos dias negros vividos não vai assim há tanto tempo...

Por cá, os números "anunciados" estão como que no bom caminho, se bem que jamais se possa baixar a guarda perante um inimigo tão letal e impiedoso.

A vida, por mais que queiramos que retorne a uma suposta normalidade, não é mais aquela mesma vida em que nos deslocávamos por toda a parte sem este receio acoplado em nós, que nos entorpece e nos aniquila pouco a pouco, e que, dessa forma, nos vai apoucando no nosso canto desalentados, desesperançados, algo inertes...

Até quando, de que forma, quanto mais teremos ainda para passar?...

Alfa, o costume..., a culpa é do electricista!

O grave acidente do comboio de alta velocidade Alfa Pendular na zona de Soure, que custou vidas, graves situações de enfermidade e milhões de euros de património esbanjado, afinal, segundo a Infraestruturas de Portugal que já estava alertada para este risco de alto potencial, desde 2018, portanto, há cerca de dois anos, está hoje em vias de ser solucionado a muito breve trecho, depois de terem recebido, estudado e se encontrarem em condições de implementar propostas de "alta complexidade técnica".

Demoraram dois anos a estudar, a tal alta complexidade técnica, para agora nos darem a entender que este brutal acidente aconteceu cedo demais... Se tivesse acontecido alguns dias mais tarde, provavelmente, já estaríamos apetrechados com a tal solução que eles dizem já ter em mãos, e desse modo, o acidente ter-se-ia evitado, como se teria evitado a perda de vidas, a dôr de muitos e os custos astronómicos que tamanha destruíção certamente acarretará.

Posto desta forma, há que responsabilizar quem esteve à sombra da bananeira, respaldado no sofá do seu gabinete para se decidir actuar só após a desgraça nos entrar portas adentro. Soa mal, muito mal. Se tivesse agido em tempo útil, ter-se iam evitado tantas lágrimas e ter-se-iam canalizado milhões de euros para a saúde, para a educação, para o combate à fome, que não para colmatar desgraças...