07 novembro, 2009

SCP - Verde desmaiado


Eduardo Bettencourt, presidente do Sporting afirma que haverá novo treinador até à póxima eliminatória da Taça.

Depois da demissão de Paulo Bento (goste-se ou não da pessoa e do estilo) há que reconhecer que se trata de um Homem sério, frontal e com qualidades suficientes para não ter que "aturar" a verborreia mal educada, grosseira e atípica em sócios do Sporting, como aquele sector de algumas centenas que no último jogo para a Liga Europa, o maltrataram de forma soez e insultuosa.

O homem gritou para dentro de si mesmo: chega! e foi-se embora.

Em quatro anos e pico, o Sporting ganhou duas Taças de Portugal e foi sempre 2º.classificado na tabela da I Liga. O clube precisa de mais, tem mais sede de glórias e de vitórias, mas o que é certo, é que o registo até nem é dos piores.

Como sempre, a corda rompe pelo seu lado mais frágil. E Paulo Bento atingiu o seu máximo em termos de fragilidade. Por isso se foi; resta agora acrescentar o aforismo popular que reza: 'atrás de mim virá, quem de mim bom fará!" Aguardemos, para ver se se confirma...

Andorra, a tragédia!


Morreram Portugueses.
Há feridos graves, e são portugueses.
Só aconteceu a portugueses, porquê?

Desabou um túnel em Andorra!
Obra pública do micro estado encravado entre espanhois e franceses.
E obra pública naquelas paragens, tem prazos para o seu terminus (senão há multas ou indemnizações ao poder instituído).
As "derrapagens" de orçamento, porque as obras terminam mais tarde que o previsto, porque os materiais subiram de preço na origem, por isto e por aquilo, só acontecem em zonas do planeta onde "derrapar" é obrigatório, tem de ser, está na moda e se não acontecesse, isso sim, seria vexatório e nada fácil de explicar aos interesses instalados acima na escala hierárquica.

Ali trabalha-se ao Sábado, pois hoje foi o dia da tragédia.
E, porque hoje é Sábado, porque em Andorra se trabalha ao Sábado e porque aos emigrantes toca sempre o pior quinhão do trabalho (os nossos compatriotas em Andorra assim são tratados), lá, em Andorra, morreram portugueses e há mais a sofrer, cujas vidas estão por um fio.

É dos tempos, é dos livros, é da história; toda a vida assim foi e jamais será de outra forma: numa sociedade dividida em classes, entre ricos e pobres, letrados e analfabetos, os que 'estão por dentro' e os excluídos, os que pensam e os que executam, os que mandam e os que são 'orientados', quem mais amiúde morre, quem sofre é sempre o mesmo: o mais pequeno na escala de valores. E, nem sequer,... importa em que dia da semana!