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03 janeiro, 2024

SNS em agonia

A Saúde anda pela hora da morte!...

É difícil por mais que recuemos no tempo até aos idos de 1976 - ano da criação do SNS - encontrarmos uma situação tão calamitosa, em termos de prestação de cuidados hospitalares, como esta que ora vivemos. 

António Costa, o ainda Primeiro Ministro e, tão irritantemente obcecado em nos fazer crer que não vivemos neste País, mas sim numa qualquer outra República lá da cabeça dele, de conluio com o seu inenarrável Ministro da Saúde, de seu nome Manuel Pizarro, vão atirando para debaixo do tapete todo o caos, toda a ingovernabilidade, toda a incompetência de que padece o Sistema Nacional de Saúde e, por arrasto, todos os Portugueses que tenham que recorrer às Urgências hospitalares.

Tempos de espera que rondam as dez, quinze, ou vinte horas de espera, são coisas de terceiro Mundo, são indignas de um País que se quer projectar a nível de uma Comunidade Europeia, à qual pertencemos. Nunca aconteceu! E, acontece, justamente com um Governo chefiado por alguém que desde a primeira hora nos "vendeu" a ideia: "...connosco a austeridade acabou. Vamos virar a página!..."

Triste sina esta por que passamos. Triste história esta que muitos terão para contar, depois de perderem algum dos seus, nestes tempos de tantos e tantos constrangimentos, que alguns levam ao fecho, puro e simples, de sectores inteiros de certas especialidades, em tantos hospitais de Norte a Sul do País. Ouvir Manuel Pizarro tentar justificar o injustificável, é absolutamente insuportável!


28 novembro, 2023

O "S N S" está doente...

Das cerca de 80 Urgências hospitalares que este País possui, cerca de metade estão com graves constrangimentos, ou dito em Português sonante: estão FECHADAS! estão inoperacionais, estão em disfunção, estão ausentes para quem delas precisar.

Obstetrícia, Ginecologia, Pediatria, Ortopedia, Cirurgia Geral, Anestesiologia, Via Verde AVC, alguns serviços do INEM estão em ruptura. Ou funcionam só de dia, ou só de noite, e casos há em que num dado dia, ou numa sequência deles, não estiveram, ou não vão estar a funcionar. Vai morrer gente! Vão perder-se vidas! Vai acontecer desgraça que, em situação normal, não aconteceria...

E a culpa de todo este caos, sem paralelo algum na história do nosso Serviço Nacional de Saúde, é dos senhores do poder, é dos supostos "donos disto tudo", dos que tudo podem, tudo mandam e tudo mudam. Dizem eles que o País tem gerado um excedente orçamental nunca visto. Também têm andado a dizer-nos que Portugal está a receber dinheiros da Comunidade Europeia, como jamais tinha acontecido, a famosa bazuca. Perante tanta abastança, pergunta-se: que espera o Ministro da Saúde, e o Primeiro Ministro, com Fernando Medina de permeio, para resolver a questão de uma vez por todas? Tanta inoperância, tanta incompetência, tanto deixa andar, "que eles cansam-se", chegou ao ponto de ruptura, chegou ao fim de linha. Ou salvam o Serviço Nacional de Saúde, de uma vez por todas, ou vão ficar na história da Democracia recente deste País, como os coveiros, os corvos da desgraça que esvoaçam em circulo, como que cheirando o fim, o finar irreversível do nosso SNS!

30 agosto, 2023

Morrer numa ambulância!?...

Continuamos a morrer, em pleno século XXI, desta forma estúpida e que nos envergonha até ao tutano, quando nos dizemos um País evoluído, pertencendo à Europa Ocidental, um País de ponta no que concerne aos cuidados assistenciais no nosso "SNS", mas, que afinal, não é tão de ponta quanto isso, já que nos vão acontecendo estas infelicidades que destroem vidas de famílias inteiras, e que nos levam para sempre aqueles a quem mais amávamos.

Referimo-nos à morte de mãe e bebé, ocorridas esta Segunda Feira, dentro de uma ambulância quando se dirigiam em urgência para o hospital de Guimarães. Tinham lá estado na véspera e nada de digno de registo lhes tinha sido diagnosticado, já que deram alta à senhora.

Quando regressa a esta unidade hospitalar no dia seguinte, ao que consta, foi transportada em estado de muita falta de ar, razão pela qual sucumbiu a bordo da ambulância, bem como o bebé que tinha no seu ventre. Como se entende uma tal situação, como é que na véspera não se aperceberam que havia ali uma falha sistémica grave e porque não ficaram com a senhora internada e sob observação? Que se passa com o nível assistencial a que estávamos habituados e que tem vindo a desabar como um castelo de cartas?

Agora, depois da funesta desgraça, nomeiam-se comissões de averiguação, fazem-se inquéritos e investigações mais ou menos profundas para se explicar aquilo que não deveria ter explicação. Enfim, tanto Ministro, tanto Director Executivo, tanto dinheiro para cima do Serviço Nacional de Saúde e, parece que vamos estando pior, cada vez pior, à medida que o tempo passa.

22 agosto, 2023

Hospital e morte...

 Aconteceu no hospital Beatriz Ângelo, em Loures. Morreu um paciente de 93 anos que tinha sofrido uma queda no lar onde se encontrava. Ao que se sabe pelos meios de comunicação, o doente teria uma fractura de anca e permaneceu na maca dos bombeiros, em plena Urgência, por quase seis horas.

Ainda segundo as mesmas fontes, o hospital de Loures tencionava transferir o doente para o hospital de Santa Maria. Os bombeiros em cuja maca se encontava deitado o doente em questão, prontificaram-se para fazer tal transferência, mas não obtiveram qualquer resposta dos responsáveis do Beatriz Ângelo.

Em consequência de tamanha espera e tamanha inoperância, perante uma situação que merecia intervenção urgente, o homem de 93 anos já não se encontra entre nós...

Agora, vão fazer inquéritos internos, o IGAS vai pronunciar-se, o Ministro competente, do alto do seu sorriso aparvalhado, vai espalhar "charme" na comunicação social. Enfim, este estado caótico a que já chegamos vai continuar a imperar, vai continuar a ditar as suas leis. Safar-se-ão os mais poderosos, os mais endinheirados. Continuarão a "partir", desta forma estúpida, absurda e absolutamente vergonhosa, toda a populaça que, como eu, tem que aguentar todos os desmandos, todas as asnices e todas as vicissitudes a que estamos sujeitos por quem manda nos destinos deste País.

10 julho, 2023

Amadora-Sintra aos baldões

Um artigo do SAPO24 que vale a pena lêr

Onze Cirurgiões do Hospital Fernando Fonseca, vulgo Amadora-Sintra, ameaçam apresentar carta de rescisão se a readmissão de 2 colegas prevista para Agosto próximo se confirmar. Recorde-se que os tais 2 colegas fizeram o ano passado várias denúncias quanto ao uso de más práticas cirúrgicas que levaram a situações de amputação de membros e, inclusivamente, à morte.

Os 2 Médicos foram suspensos da actividade, para que se procedesse a um processo de investigação e, depreende-se, que após a sua conclusão, se prepare agora a sua readmissão para muito breve.

Tal readmissão está a provocar um muito mau estar em todos aqueles que se mantiveram no activo, havendo já, segundo a notícia, 8 deles que terão, inclusive, apresentado já cartas de rescisão, por não estarem dispostos a trabalhar com os 2 colegas denunciantes.

Não se discute quem quer, ou não quer continuar a trabalhar naquela unidade cirúrgica. Enquanto seres livres que todos somos felizmente, essa discussão não deve pôr-se.

Fica tão-só uma pergunta, que me embacia o cerebelo: Quem teme a verdade - se é que se constatou a veracidade da acusação? Quem tem medo de trabalhar de forma séria, responsável, competente, com elevado sentido de dever cívico, de moralidade e ética? Sim, de que se queixam os que agora querem abandonar a nau, se se tiver confirmado que as denúncias tinham uma base sólida, verdadeira e devidamente fundamentada? Confesso, não sei quem está certo e quem está errado. Não conhecemos o relatório que, certamente, existe e que verificou da verdade, ou mentira de quem levantou a acusação, mas, se vão readmitir os 2 Médicos que se pronunciaram em devido tempo, parece que alguém lhes reconheceu alguma razão. Ou será que não é assim?

23 novembro, 2022

Linha SNS?!...

Esta Senhora está cheia de razão! Que se passa connosco?

Num artigo de Opinião do credenciado SAPO24, a sua autora Patrícia Reis é de uma assertividade gritante. Indigna-se com aquilo em que esta malta foi transformando tudo isto, ao longo dos últimos 6 meses, para uma situação em que parece que sofremos todos de uma arrepiante amnésia, ou então, estamos todos a ficar absoluta e perigosamente indiferentes, perante a Covid-19. Parece que a julgar por políticos, por especialistas na matéria, por grande parte dos mass-media, pela maioria da raça que somos, parece, diziamos, que a Covid já não existe. Desapareceu. Voou para terras distantes. Já não há, acabou-se, não se fala mais nisso... 

Parece que estamos todos  num processo de cegueira mental. Paramos. Ficamos lá atrás. E também lá ficaram cerca de 2 milhões de meio de seres como nós...

Entretanto, as Urgências estão já a abarrotar pelas costuras. E o Inverno aqui tão perto...E, depois, há um SNS que nos trata como se fôssemos acéfalos, crianças birrentas, ou velhos gágá...

Entretanto, a gloriosa linha do SNS diz que:

- Já não há Covid.

- Já não fazemos o registo de novos casos.

- E também já não agenda uma data para vacina, após saída do foco infeccioso.

Enfim, não dará o seu teu tempo por perdido se der uma olhada no artigo bem congeminado de Patrícia Reis. Vá lá, faça-o! Quanto ao SNS, a continuar desta forma, pergunta-se: para que serve?


17 junho, 2022

SNS em agonia

O Serviço Nacional de Saúde é um bem inestimável, é uma benção de que nem todos se podem gabar e, é também, uma conquista que importa e, de que maneira, preservar a todos os títulos.

Não sobreviveu uma criança no Hospital das Caldas da Rainha por, supostamente, não haver Médico de Obstetrícia/Ginecologia de plantão, aquando da chegada da grávida à unidade hospitalar... Que lástima, que tal aconteça neste tempo, nesta era neste século!

Tal nefasto acontecimento fez espoletar de imediato casos semelhantes em alguns hospitais Lisboetas, em Setúbal, em Braga, em Portimão. Faltam médicos daquelas especialidades para preencher as escalas de serviço dos ditos hospitais.

Os médicos do SNS estão mal pagos por comparação com os seus colegas que trabalham nos Hospitais Privados e, até mesmo, com médicos tarefeiros contratados a empresas que se dedicam ao "métier". Não é de censurar que cada um procure trabalhar com aqueles que lhes asseguram melhores condições salariais. Não, em boa verdade, não é de censurar. 

Mas, no entanto, e com vista a evitar esta "fuga" dos Médicos do Serviço Nacional de Saúde rumo aos Privados, porque não se regulamenta através de legislação própria que um Médico "feito" nas Universidades e Hospitais-Escola Portugueses, seja levado a cumprir um qualquer espaço temporal mínimo ao serviço do "SNS"? Aliás, a exemplo do que acontece com os pilotos da força aérea, cuja formação é tão dispendiosa. Estes últimos, tanto quanto se sabe, acabam todos a ser pilotos da aviação comercial, não sem antes, terem permanecido alguns anos ao serviço da força aérea, como que a compensar o erário público do muito que neles se investiu. Pensem nisso, todos os implicados no processo, mas pensem mesmo por favor, senão ides acabar com o Serviço Nacional de Saúde!

10 outubro, 2018

Saúde Mental

Dia Mundial da Saúde Mental... É hoje que se celebra, mas, em bom abono da verdade, será que quem avança com estas datas e estas celebrações, sabe verdadeiramente, do que se fala quando se trata de assistir, de acompanhar, de tentar minorar aquele sofrimento que nos persegue e do qual não sabemos encontrar o caminho de saída?

Na última vintena de anos, um pouco mais até, fomos assistindo ao encerramento de unidades que, àquela época estavam cheias de doentes internados, cuja cura e retorno a uma vida normal "cá fora", não passava de mera miragem. Foram fechando, agora esta, depois aquela, até chegarmos a este ponto em que a saúde mental está entregue a cuidados paliativos, no seio da família de cada doente, sem acompanhamento técnico, entregues a si próprios e ao consumo de grandes doses medicamentosas, que mais embrutecem, que adormecem, que desvanecem a realidade e põem aqueles doentes num qualquer limbo, bem longe da realidade, bem distante da vida vivida, sentida...

Fecharam-se hospitais psiquiátricos, fecharam-se consultas daquela especialidade, sofre-se em casa, com a família de uma enfermidade que não larga, que se não cura, que persiste e que vai acompanhar o doente e quem o rodeia, até ao fim. E viva o Dia da celebração! (triste) ....

09 novembro, 2017

SNS e 100 Milhões para privados...

Há dias passou nas nossas televisões que o Estado tinha gasto no ano transacto, cerca de 100 milhões de euros a pagar a empresas privadas, por serviços prestados por médicos no Serviço Nacional de Saúde.

Passou, igualmente, o testemunho/entrevista de alguns dos intervenientes dos tais serviços prestados, ou seja, de médicos e de várias das suas associações e Ordem respectiva. No meio dos depoímentos, eis que a entrevistada é uma médica anestesista que trabalha num qualquer hospital do SNS onde se encontra colocada e, mais numa data de outros, onde trabalha para uma empresa privada que a remunera a recibos verdes, sem ajudas de custo, sem pagamento de horas extraordinárias, em suma, sem regalias. Ora, nas várias entrevistas ouviu-se de tudo: Indignação, revolta, desconsideração, falta de respeito por quem de direito, um rol infindável de descontentamento, por se acharem vitimas de tratamento injusto e desadequado.

No meio das lamúrias, a tal senhora anestesista consegue afirmar que se sente como uma "mulher a dias" da saúde, que se acha mal respeitada pela tutela, desconsiderada, abandonada à sua sorte, pois tem de fazer muitas deslocações, tem de andar muitas centenas de quilómetros, tem grandes custos de portagens, desgaste de carro, desgaste físico e intelectual, para além de uma vida familiar difícil de conciliar com tantas solicitações. Mas, quando a repórter indaga qual o montante mensal dos seus ganhos, mesmo tendo  em conta tamanhas despesas, a senhora algo constrangida afirma que se situam no intervalo entre 8 e os 18.000 euros!...

Valha-nos Deus! Será que estes elementos do sociedade portuguesa fazem ideia de quantos milhões vivem com o ordenado mínimo nacional? Será que esta gente se acha realmente, assim tão diferente, para melhor, do que todos os outros? Não entendo certas posturas!...




14 abril, 2015

TVI - parabéns!

A "TVI" mostrou hoje quer às 13, quer às 20 horas nos seus jornais informativos uma reportagem daquilo que foram os meses terríveis do primeiro trimestre do ano em curso, nos Serviços de Urgência dos Hospitais Portugueses, nomeadamente, nos meses do surto de gripe.

As imagens obtidas por câmara oculta, são verdadeiramente arrepiantes no que concerne às condições infra humanas em que milhares e milhares de portugueses se viram confrontados, numa hora sempre difícil, ou seja, na hora de caír doente numa cama de hospital.

Falta de espaço físico, falta de médicos, falta de enfermeiros, falta de condições adequadas ao pico do surto gripal verificado, falta de máquinas de monitorização da vida, falta de comida, falta de papel higiénico, falta de camas, oh meu Deus, falta do mais elementar, do mais básico para se atender gente em sofrimento, alguns bem perto da morte, muitos outros horas e horas a fio, à espera de socorro que, infelizmente, não chegava porque não havia quem socorresse, em número suficiente, para valer a tanta dôr...

A saúde deste País contrata médicos e enfermeiros tarefeiros a empresas privadas, cujo único propósito é o lucro, é o encaixe de transferências da Tutela, enquanto pagam verbas a profissionais que deslocam a seu belo prazer para baixo e para cima, atribuindo algumas vezes, o mesmo profissional, e no mesmo horário, a dois destinos diferentes...

O que vimos em nada se parece com um País europeu. O que nos mostraram coloca-nos ao nível de um outro qualquer país terceiro mundista, talvez do norte de África a julgar pela proximidade. Querer fazer passar a mensagem, de que o Serviço Nacional de Saúde esteve à altura é, no mínimo, (tamanha foi a dissertação/justificação miserável do Secretário de Estado Leal da Costa), uma falácia, um mero truque de ilusionismo, é um embuste miserável e não merece o respeito de ninguém. Negar ponto por ponto, tudo aquilo que acabara de ficar aos olhos de toda a gente, é de um gritante desrespeito por todos aqueles que morreram miserávelmente sós quando, estando num corredor de hospital duma urgência qualquer, se morre por falta de assistência, por falta de elemento humano especializado que pudesse valer, devido à escassez de pessoal escalado para a tarefa de salvar a vida dos outros. Quem assim se pronuncia, quem assim se exprime, não perdeu um filho, ou a mulher, ou quiçá, a mãe, ou o pai. Não, não lhe aconteceu uma tragédia destas! Tudo se resume a ter que engolir o óbvio, a passar por lunático deprimido para manter a posição. Dá dó, tanta desfaçatez, tamanha insensibilidade. Não passa de um mero fantoche nas mãos do Partido que tudo lhe ordena, tudo lhe manda e a quem nada mais resta, senão a mais reles subserviência.