23 junho, 2021

Clientelas políticas

Ana Paula Vitorino, uma talentosa senhora dos transportes e mobilidade...

Clientelismos. Amiguismos. Compadrios. Partidarismos. Xuxalismos. BoysandGirls. Enfim, o tradicional Portuguesismo de levar o irmão, a mulher, o primo, a cunhada, a amiga, a "vezinha" para o tal tacho que engorda a conta de alguns - quase sempre os mesmos! -, em detrimento de todos os outros.

A sra. d. Ana Paula Vitorino, que por acaso, e só por acaso, é esposa do Ministro Eduardo Cabrita, que já foi, na anterior legislatura, Ministra do Mar, acaba de ser nomeada para um qualquer cargo que tem a ver com a Mobilidade e Transportes e vai auferir 8.250 Euros mensais. Este gordo pecúlio pode aumentar em 40% mais deste valor, para despesas de representação!!!

Tanto desemprego. Tanto lay-off. Tanto ordenado mínimo. Tanta manifestação de gente na mais absoluta precariedade e, de repente, eis que esta senhora, esposa de quem é, vê-se catapultada para colocação absolutamente choruda e que fica mal. Parece mal! Não havia necessidade de continuarem a conspurcar o manual que há-de contar a vossa história. Enfim, mais palavras para quê?

Abraço, dá-me um abraço!

Que saúdade Deus meu, eu tenho de um abraço. Do teu abraço. Daquele abraço...

Nestes tempos que vivemos, um abraço, um gesto tão simples e tão sentido, regra geral, está a provocar-nos grande mossa. Está a fazer-nos uma falta do catano! Como viver, como continuar esta vida, sem o calor, sem a ternura, sem o enlevo de sentir em mim os teus braços, sem o prazer infinito de te apertar firmemente contra o meu peito?

Quero fazer de tudo para voltar a abraçar-te e a sentir o teu abraço. Quero vacinar-me, quero cuidar-me para poder cuidar de ti, quero manter a distância que nos permita ver-te em segurança, quero "fugir" das multidões onde possamos, sem saber e sem o querer, estar a contaminar todos aqueles a quem quero e que estejam à minha volta. Quero evitar a todo o custo, facilitismos de qualquer espécie, que possam alongar este tão penoso tempo de espera, para reconquistarmos algumas das coisas, de entre as muitas que perdemos.

Ajuda-me!Abraça-me! Preciso de abraçar-te! Vou cuidar-me, pois só dessa forma, poderei cuidar de ti e sonhar voltar a abraçar-te!...

Merkel deu-nos na cabeça

Angela Merkel, chanceler Alemã, atreveu-se a criticar o Governo Português por, segundo ela, este ter permitido a partir de 17 de Maio passado, que os Britânicos pudessem voar para o nosso País, a despeito de terem entre eles, a variante Delta (Indiana) da Covid-19.

Alemães e Franceses, à época, 17 de Maio, não queriam nos seus territórios, Ingleses, nem que eles viessem carregados de libras às costas.

Ao invés, nós por cá, sedentos de turistas que pudessem encher a nossa hotelaria e restauração, toca a abrir os portões até lá atrás, de forma a que a tal tão perigosa estirpe pudesse viajar para solo Luso, sem problemas.

O resultado, infelizmente, está aí! Temos entre nós a variante Delta e os números na grande Lisboa estão a disparar, prevendo-se que possam vir a estender-se ao resto do nosso território nas próximas semanas.

A Ministra Marta Temido, bem como o seu homólogo Augusto Santos Silva já vieram a terreiro minimizar a ousadia da governante Alemã, mas, infelizmente, com argumentação fraca, sem base credível, sem assertividade. Angela Merkel "criticou-nos" com razão. Demos - continuamos a dar! - espaço, não somos proactivos, corremos sempre atrás do prejuízo, andamos sempre de calças na mão, como baratas tontas, meio atordoados por não termos nas respectivas áreas do executivo governativo, gente à altura para tomar atitudes em tempo útil