27 outubro, 2013

Papa Francisco I

Começo a ser um fã muito sério do Homem que, finalmente, chegou à cúpula da Igreja Católica. Depois de um brilhante João Paulo II que fez as delícias de muitos de nós e abriu novos caminhos ao mundo, tivemos um Bento XVI bem mais austero, mais conservador, mais dogmático perante a Fé, mas que na hora de abdicar se tornou num caso muito sério e único na história da Igreja, de grande verticalidade, de grande honradez, ao dizer ao mundo "já não posso mais, já não tenho forças, vou saír".

Na eleição cardinalícia surge o Homem que está a tornar-se no Apóstolo dos tempos modernos, encarnando uma postura de humildade, simples e realista, nada propenso à manutenção de uma série de mordomias nada condizentes com os Sermões de Jesus.

O Papa Francisco está a abanar os alicerces de uma "Igreja" velha, cheia de môfo, plena de vicissitudes, agarrada a séculos de História da humanidade, cujo ponto alto das suas atrocidades se situa na época da inquisição.

A Igreja tem que abrir-se aos tempos que vivemos e a todas as transformações sociais que se têm verificado nas últimas décadas. A Igreja tem que acolher, tem que falar simples, tem que fazer passar a mensagem de esperança a todos sem distinção. Escudar-se em posições dogmáticas, ou no mutismo, quando trata questões sensíveis para a humanidade, como por exemplo, o preservativo, a sida, a homosexualidade, a pedofilia, é no mínimo, afastar os católicos de uma igreja cujos pilares ameaçam ruír a qualquer instante. Para inverter este estado calamitoso a que chegou a igreja, eis que Deus nos envia Francisco. Oremos por ele, para que a missão a que se tem proposto possa dar frutos.