21 outubro, 2011

Kadhafi, o fim!

Kadhafi sucumbiu. Kadhafi não aguentou a pressão, a caça ao homem, o cerco montado pelo seu próprio povo e acabou morto às mãos de grupos de revolucionários.
Embora a morte tenha sempre algum impacto em nós, quanto mais não seja, por sabermos que é o último passo, o último fôlego, o último sopro e, portanto, esteja conectada com a perda, com a despedida, com a saudade, esta morte do sr. Kadhafi  gerou em mim uma sensação de alívio, a certeza de que, finalmente, fez-se alguma justiça pela atrocidades cometidas ao longo de 42 anos de "reinado", em que muita gente morreu e tanta outra sofreu na pele a crueldade da tortura, do sofrimento até às lágrimas só para satisfação do tirano. Enfim, acabou... para bem do povo Líbio.

Redundâncias

Dia de calor intenso neste Outubro que teima em levar o Verão pelo Outono adentro.
Uma esplanada cheia de Clientes com apetite em plena hora de almoço. Debaixo de guarda-sóis gigantescos, grupos de gente jovem comiam e conversavam, riam e falavam. Resolvi comer dentro das instalações, longe do calor tórrido e do burburinho das vozes no ar.

Atende-me um jovem solicito que, no entanto, se movimenta com pouca destreza. Deambula do balcão para as mesas e em sentido inverso como uma barata tonta, como se não sabendo o que tem para fazer, o que deve fazer.
Anota o meu pedido e repassa-o ao balcão.
De forma bem audível para toda a Sala, o chefe grita com ele: "não é assim, é assado, mas tu és burro ou quê?"; "não serves para nada, mexe-me esse corpo". O rapaz tenta abrir uma garrafa e, quer seja pela falta de jeito, quer pelo enxovalho público, esboroa a rolha. O estalajadeiro pede-lhe a garrafa e enquanto retira os restos de cortiça, vai humilhando o rapazote e atira-lhe: "vai-te embora, pira-te daqui, quero-te aqui às cinco e meia".

Comi depressa. tinha uma preocupação na cabeça, queria ir à minha vida, mas mesmo que assim não fosse, aquele empresário da restauração mexeu-me com os nervos.
Pedi a conta ao "chefe". Espetou-me um 'ticket' minúsculo na mão e nem me perguntou se queria ou não, a factura a que eu tinha direito e que ele, ao receber um montante, me deveria ter entregue. São assim os 'estalajadeiros', chefes de um qualquer 'boteco' que serve batatas fritas em óleo queimado e tiram finos de cerveja morta, são assim muitos dos empresários actuais. Impacientes, prepotentes e malcriados.

Droga, essa maldita

A ambição cega-nos!


Do que o Homem é capaz?!
Ingerir 14.000 doses de cocaína, sujeitar-se a uma morte estúpida e brutalmente dolorosa para "empochar" mais uns cobres, é de uma cegueira, de uma insanidade mental que até dói!... E o mal que esta desmedida ambição espalharia por tantos e tantos jovens, bem merece julgamento, cadeia, clausura; infelizmente, é só "um peão de brega". O maioral, o responsável-mor, esse vai continuar a semear a desgraça...