07 agosto, 2022

Bombeiros, aqueles heróis...

Verão de canícula. Temperaturas a bater recordes. Falta de pluviosidade desde há longo tempo. Terra sêca, campos áridos, florestas cheias de mato alto e crespo. Colheitas de penúria devido à escassez de água para rega. Gado a sofrer da falta de pasto verdejante e agricultores de mãos na cabeça frente a um cenário nunca antes visto.

Em consequência de todos os factores acima mencionados, eis que, e à semelhança do que sempre acontece todos os anos desde há já demasiado tempo, eis que, diziamos, rebentou com uma fúria inusitada a época dos fogos, dos grandes incêndios que têm movimentado milhares e milhares de operacionais, entre bombeiros, e uma vasta gama de outros envolvidos desde a Protecção Civil, até aos pilotos de aeronaves que têm sobrevoado as áreas ardidas muitos milhares de vezes.

Milhões de litros de água para extinguir fogos quando estamos em seca severa e extrema de uma ponta à outra deste País. Milhões de Euros em deslocação de materiais de um lado para o outro. Milhões de Euros de floresta ardida, de madeira queimada, de ecosistemas perdidos, de casas ardidas, casas que deixaram sem tecto gente que chora de desespero, de impotência perante a desgraça que se lhes adentrou pelas suas vidas...

Todos os anos se apela ao juízo, ao equilíbrio, a uma postura exigente e controlada de todos para se evitar esta desgraça que já se tornou recorrente. Não adianta! Todos os anos a história repete-se vezes sem conta, sem que se vislumbre uma solução para esta hecatombe. Agora, que as alterações climáticas prometem Verões cada vez com mais vagas de calôr, que medidas, que punições, que coimas, que justiça, que cadeia para com todos aqueles que se permitem atentar contra a vida e o património dos outros?...

Uma palavra, mil palavras, um livro inteiro de louvores para com todos aqueles que com risco da própria vida nos ajudam a todos: Bombeiros Portugueses, muito obrigado por serdes tão heróis como sois!!!