16 julho, 2025

Trump e a dita criança...

Acabou o campeonato mundial de clubes, com a final a ser disputada entre o Chelsea e o Paris Saint-Germain, com uma clara vitória dos Londrinos sobre os Parisienses por três bolas a zero. Desse jogo, saíram como figuras maiores por razões absolutamente distintas, duas figuras, a saber:

Cole Palmer por ter marcado dois golos e ter feito uma assistência memorável servindo um seu companheiro de equipa para o terceiro tento e, lamentável e tristemente, Donald Trump que, aquando da entrega do troféu à equipa vencedora, se colocou na frente dos jogadores, como que "chamando os olhos do mundo" para sobre a sua pessoa, numa atitude de uma infantilidade tão confrangedora, quanto despropositada. Como se não chegasse o ridículo desta situação, eis que o "grande Presidente" dos Estados Unidos da América menciona que alguém lhe teria dito que o Troféu lhe estava destinado, o que nos conduz ao impensável gesto do Presidente da Fifa, Gianni Infantino, em mandar fazer uma réplica do mesmo, a fim de poder obsequiar o menino grande que habita naquela mente tresmalhada.

E é esta personagem, com todos estes altos e baixos, que comanda um dos Países mais poderosos do Mundo. Meu Deus, ao que chegamos!...

Trump, o inconstante, o tirano

O sr. Donald Trump, mais conhecido por ser uma coisa à Segunda e outra à Terça, anda baralhado da cabecinha, desde que o seu ex-grande assessor Elon Musk se zangou e o mandou às malvas.

Ameaça daqui, impropério dali, vai daí os dois senhores viraram inimigos figadais. Musk propõe-se criar um novo partido político nos Estados Unidos, o que mereceu do sr. Presidente a classificação de que tal desiderato não passa de um crasso disparate.

Por falar em disparate, eis que o sr. Presidente, armado em novo rei do Mundo enviou uma série de cartas a uma data de Países impondo as suas novas condições no que concerne às tarifas/impostos a aplicar a produtos que sejam importados dessas procedências. Está nesta situação a União Europeia a quem Donald Trump anunciou ir passar a taxar com mais 30% tudo o que for exportado para os Estados Unidos a partir de 1 de Agosto próximo.

A verificar-se, se isto não for mais uma trapaça em que Trump vai tentando enredar-nos aos poucos, será um assunto deveras sério para muitos sectores da nosso economia, nomeadamente, as áreas do vinho, do azeite, da borracha, da maquinaria, do calçado, da cortiça, isto para só falar em alguns, que não a totalidade. Será catastrófico para muitos dos nossos sectores económicos com repercussões sérias a nível da sustentabilidade das empresas e da consequente manutenção dos postos de trabalho.

Enfim, já nada é de espantar quando vem daquela personalidade enviesada, distorcida, malévola... Há que aguardar que a União Europeia que tem tido uma posição cautelosa, assente no diálogo e na diplomacia, tome algumas atitudes de cariz firme e decidido, não ajoelhando de forma medrosa e encolhida, como que a dar todo o flanco para que a fera enfurecida desfira todos os golpes que lhe der na real gana. Oxalá, haja alguma tomada de posição por parte do Organismo sob a égide de Ursula Von Der Leyen!