Filipinas, a miséria

Nas Filipinas a tragédia não tem tamanho!

Os que ficaram dormem ao relento, comem o que encontram nos destroços, sobrevivem em condições infra humanas. A ajuda internacional só agora começa a chegar, mas infelizmente não chega, é escassa para as necessidades.

Que quem manda no mundo, possa ordenar uma intervenção mais célere e eficaz!

Pobre com tiques de Rico!...

Andam todos numa roda viva! Orçamento Geral de Estado para cá, Orçamento p'ra lá. É o orçamento do governo e da direita, dizem os da esquerda. É inconcebível este pseudo-pacto, alegam ainda aquelas forças partidárias.

É preferível ter governo a estar sem ele; neste fio condutor, é preferível aprovar um orçamento a chumbá-lo; é preferível viabilizar a continuidade de um governo (eleito há 4 meses) a derrubá-lo.

Tudo isto é verdade e até se aceitam alguns dislates verbais dos dois lados da  barricada. O que se não aceita com tanta facilidade, são alguns factos que, vindo a público, geram desconforto, descontentamento e até, alguma incompreensão e revolta. Ora vejamos:

• Os vencimentos dos funcionários públicos estão uma vez mais "congelados" e, por pura 'simpatia', o de todos os outros trabalhadores também; os "prémios" aos banqueiros vão ser 'tachados' a 50% - prémios?!...
• Num ano fiscal foram pagos a firmas auditoras/consultoras, meras sociedades de advogados, 600 Milhões de Euros por pareceres e outros "saberes"! Então o Estado não tem no seu Quadro de funcionários, altos dirigentes, altos cargos, como gestores, economistas, advogados, auditores capazes de fazer este "trabalho de casa", sem que se esbanjem recursos que nos são tão necessários?
• Finalmente, o orçamento é um instrumento de rigor e como tal deve ser entendido. Assim sendo, endividados até à raiz dos cabelos, sendo um país pobre e sem recursos naturais, como se percebe o novo aeroporto e o TGV, obras  megalómanas que aumentarão o muito que já devemos, para níveis nunca vistos... e mais 85 Milhões para a Madeira? pobre não deve fazer figura de rico!!!

O Ministro das Finanças disse a um repórter que o seu horário de trabalho não era igual ao dos jornalistas, respondendo assim a uma interpelação quanto ao adiantado da hora a que o Orçamento foi apresentado (cerca das 22,20h de ontem). Mais acrescentou: "eu trabalho 24 horas..., se fôr necessário!". Pelo andar da carruagem, ele deve estar à espera que todos os portugueses trabalhem como ele: 24 Horas (todos os dias) para reduzir o défice!

Educação, que desastre!

Neste momento, são 21,20 horas deste dia 12 de Novembro de 2009, a actual Ministra da Educação, Isabel Alçada está a falar na RTP1, na "Grande Entrevista".

Eu disse falar, mas o que é facto, é que a referida senhora não está a dizer nada. Nada de concreto, nada de efectivo, nada de palpável, nada que augure bom futuro para a Educação neste País. Nem para os alunos, nem para os professores. É tão vaga, tão hesitante, tão vacilante, tão imprecisa, tão previsivelmente vazia de ideias, que parece mais não será, do "que um pau mandado" pela cúpula partidária e governativa.

Ainda não é desta senhor Primeiro Ministro! Ainda não foi desta que acertou no personagem ideal para elevar o nível educacional dos que estão agora nos bancos da Escola, como ainda não será desta que arranjou alguém capaz de apaziguar, de pacificar uma classe de profissionais que bem precisa de paz, para levar a "sua cruz ao calvário".

E digo 'cruz' já que, tanto se fala de avaliação, tanto se fala em divisão de carreira em prof's de primeira (titulares) e os outros... Será licito que um titular de Ginástica, avalie um colega de Português, ou Matemática? Tanto se fala e nada se diz!

O senhor PM e esta Senhora não ignoram que há professores (dos que o são - com estágio pedagógico, a quem ensinaram a ensinar!) aos milhares a receber a "Recibo Verde" e a serem pagos miserávelmente, à hora (como qualquer empregada doméstica, com todo o respeito que tenho por todos aqueles que trabalham limpa e honradamente). Não ignorais, pois não? Então, como o consentis? Será que os professores que todos os dias trabalham com as nossas crianças, nestas condições, podem gostar de gente como vós?

Os professores estão sempre a ser avaliados: pelos seus Coordenador(a) de Escola, pelo Agrupamento de Escolas a que pertencem, e para onde aquela classificação é enviada, e essencialmente, estão todos os dias a ser avaliados pelos seus alunos. Sim, avaliados por "eles", os mesmos (eles e elas) que no fim de cada dia de trabalho, de cada dia de aulas, se despedem do seu ou sua professora com um beijo, um afago...

O que sabeis vós de classificações? Quem vo-lo fizesse a vós, ministeriáveis "personagens de pacotilha"!...