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26 outubro, 2024

Lisboa a ferro e fogo

A cidade de Lisboa e a sua grande envolvente, estão a viver nas últimas noites um clima de verdadeiro caos, de desordem social grave, de destruição e violência como não há memória. Infelizmente, noite após noite, campeia o desvario, o atentado contra pessoas e bens, o exemplo da mais insana violência gratuita. 

O que espoletou toda esta situação é um acontecimento entre um cidadão e uma patrulha da P.S.P., em  que, supostamente, o cidadão não acatou uma ordem policial para parar o movimento do automóvel que conduzia. Ora, se a polícia ordena que alguém pare o seu movimento e não é obedecida, gera-se uma perseguição policial, que terá culminado com o cidadão perseguido a abalroar várias viaturas estacionadas, até ao despiste final em que se imobilizou. Há que afirmá-lo sem tibiezas de espécie alguma, que a desobediência a uma ordem de um agente de autoridade constitui por si só, crime punido  por Lei.

O que aconteceu a seguir é alvo de investigação pelo Ministério Público, sendo que um dos agentes da P.S.P. disparou a sua arma, matando o cidadão. O que levou o agente até este culminar fatal, é a tal matéria sobre a qual não adianta especular. Esperemos pelo resultado das investigações.

Agora, do que não restam dúvidas é que um bando de malfeitores, um gang de marginais, está a aproveitar a "onda" de indignação que se gerou para lançar um clima de guerrilha urbana, com consequências bem gravosas para gente que já sofreu no  corpo o ataque selvático destes seres acéfalos, violentos e perigosos, assim como, têm provocado prejuízos incalculáveis nos teres e haveres de muita gente, sem culpa alguma nos fatídicos acontecimentos. O Governo tem que intervir dando instruções precisas e terminantes à força policial, no sentido de acabar de uma vez por todas, com tamanhas barbaridades como as que estamos a assistir. Basta desta miséria comportamental que nos devia envergonhar a  todos.

Finalmente, uma frase escutada em televisão e dita por um "responsável" por uma organização que visa a inserção de cidadãos estrangeiros na vida e no território Português, deixou-me perplexo e contundido: "mataram um nosso irmão!". Partindo do pressuposto que este cavalheiro é um cidadão de cor, o que será que ele quer dizer com "...nosso irmão"? Será que, afinal, quando todos lutamos com afinco para erradicar de vez o racismo, este senhor acha que ser irmão, é ser de cor tal como ele? Então e os outros? Não seria mais digno, mais fraterno, mais humanista e mais justo, considerarmo-nos todos, mas todos, os que vivem nesta terra, os que aqui labutam, os que aqui nascem e aqui têm filhos também, considerarmo-nos e acharmo-nos, de verdade, irmãos uns dos outros?...