27 julho, 2009

Leilão de armas!

Há pouco tempo, foi mostrado em televisão a destruição pura e simples de 16.000 armas entregues por gente que as detinha ilegalmente, ou apreendidas a gangs de malfeitores, potenciais criminosos de "barra pesada".
Houve entrevista a gente, dita importante, da respectiva Tutela e a coisa passou, como a "vitória do Bem sobre o Mal".
Duas a três semanas volvidas, vê-se no mesmo canal informativo que cerca de 270 armas dos mais variados calibres foram leiloadas pela PSP. Os compradores são, maioritariamente, caçadores e coleccionadores.
Está mal, mesmo mal!
Em termos de didactismo e de profilaxia.
A passagem da mensagem ao grande público, e do que devemos entender por prevenção, a fuga à asneira de reintroduzir estas armas, no circuito de malfeitoria e crime organizado. Quando as forças de segurança tiverem que apreender, de novo, as armas agora vendidas, quantas perseguições, quantos quilómetros, quantos tiros, quantas vidas teremos que "suportar" todos, a troco de uns míseros cobres que o leilão deverá ter rendido?

Pandemia, alarme? Era o que faltava!...

Há dias, escutando alguém das minhas relações amistosas, recém-chegada de férias do Sul de Espanha, a quem manifestei os meus temores e a minha intenção de não viajar para certos destinos este ano, escutei:
- "Era o que faltava! Tinha férias marcadas e desse no que desse, não ia ligar para essas pieguices,...eu é que tinha que ir! Se algo acontecer, logo se vê!"
Fiquei a olhar a pessoa, até porque sei que se deslocou com o seu agregado, onde consta uma criança, e dei comigo a pensar, obviamente, a nível global, nos mais de 800 mortos, nas dezenas de milhar de infectados e no Outono/Inverno que, inexoravelmente, vão chegar.
Mantenho aqui, aquilo que já aqui afirmei, ou seja: quem quer que se desloque para zonas de risco, para zonas infestadas do potencial disseminador deste malfadado vírus, se não vai a trabalho, se não vai para estar numa exéquia fúnebre de parente chegado, isto é, se VAI, SÓ PORQUE VAI, porque achou que se houver azar, o seu bendito SNS (Serviço Nacional de Saúde) vai arcar com todas as custas, então este(!) espécimen deveria pagar do seu bolso todos os custos inerentes à sua recuperação. Chega de tanto disparate, tanta asneira, tanta vaidade saloia e de espremer o orçamento que, afinal, mais não é que a factura colectiva que todos pagamos.
Quando as mortes, em vez de 8 centenas estiverem multiplicadas por 10 ou 100, aí veremos se estes intrépidos viajantes manterão "as ganas" de ir para Palma de Maiorca, Cancum ou Santo Domingo...