Hroza - aldeia Ucraniana de luto

Uma aldeia perto de Kharkiv, com cerca de 120 pessoas como população total, sofreu o ataque de um míssil Russo que provocou 52 mortes. Dentre os sobreviventes, todos tinham alguém de Família, alguém de quem eram amigos chegados, no número daqueles que partiram. Vi em reportagem televisiva, um homem já entrado em anos que, chorando copiosamente, dizia por entre soluços de lágrimas e raiva que se preparava para cavar a campa para a sua mulher, um filho e dois netos... Que horror, Santo Deus! Que bestialidade é esta de que somos feitos? Como chegamos até aqui? E até onde teremos ainda que chegar?

Tragégia e morte, outra vez!

Há mais uma tragédia a lamentar, tragédia de proporções ainda incalculáveis e fruto da mão humana. ou dito de outra maneira, fruto da maior bestialidade, do mais terrível e brutal desamor perante os outros, perante o nosso semelhante, o nosso igual. De que matéria, somos feitos afinal, quando somos capazes de tamanhas atrocidades?

Uma das maiores barragens da Ucrânia, nas margens do rio Dniepre, foi detonada com cargas explosivas durante a madrugada de hoje. Há dezenas de milhar de Ucranianos que têm de ser retirados das suas casas rapidamente, já que o volume de águas que jorra pela brecha aberta na barragem é avassaladora e vai ter consequências que ainda se não podem calcular neste momento.

É mais um daqueles actos bélicos, perante o qual se não hesita em qualificar como um crime de guerra que merecerá, quando chegar o tempo, castigo exemplar aos seus responsáveis. 

Mariupol, a morte onde se nascia...

Mariupol e a sua maternidade, vão ficar na memória de milhões de nós por muitos e muitos anos que hão-de vir, isto se, entretanto, a "raposa" Russa, não lançar o mundo num verdadeiro apocalipse, com consequências indescritíveis e devastadoras para a Humanidade.

Bombardearam. Destruíram. Ficou pedra sobre pedra. Desconhece-se o número de vitimas que, eventualmente, possam estar sob os escombros.

Lavrov, Ministro dos Negócios Estrangeiros justifica o injustificável com uma retórica absolutamente odiosa e execranda, para alguém que se autoproclama como defensor de uma suposta protecção aos Ucranianos. Morte. Dôr. Ausência total de humanismo. Insanidade absoluta é o que caracteriza esta personalidade, braço direito de Putin, a "mão" que promove e defende a infâmia, a mentira descarada, a bestialidade sem limites que semeia a desgraça.

O mundo assiste incrédulo! Putin testa o Ocidente - Europa e Estados Unidos - que, infelizmente, estão de pés e mãos atados. Até quando? Putin, está como os catraios na escola a testarem o Professor. Foi testando, foi andando, fez guerra aqui, fez guerra ali, foi vendo até onde o deixariam ir... Quando se convenceu que, afinal, até podia ir por ali adentro, ei-lo, qual puto de 12-13 anos desembestado, a lançar-se na aventura de expandir aquilo de que se tem alimentado desde que chegou ao poder há 22 anos: Anexar o mais que puder de forma a recriar o Império Russo dos Czares. Ele ainda sonha com a ex-União Soviética e o vastíssimo território de que aquela dispunha. Sonhos malditos estes, sonhos... de um louco à solta!